23/10/2015
A Secretaria de Justiça e Cidadania realizou uma reunião com mais de 20 cidadãos campo-larguenses que deram entrada em alguma ação judicial na área da Família, no órgão, na noite da quarta-feira (7), trocando informações a respeito do divórcio, da guarda dos filhos, das questões emocionais incutidas nestes processos, visando o resgate familiar e a redução do litígio.
O secretário Lucio Spaki explanou detalhadamente acerca de como funciona um processo litigioso fazendo menção e destacando a importância da manutenção da família como estrutura determinante na vida de uma criança e de um adolescente.
A advogada Nathalie Marie Ferreira conversou com o público sobre os trâmites legais na abertura de um processo, quais são as etapas - via judicial - e tirou dúvidas sobre as relações que são implicadas nas ações de Família, a exemplo o divórcio litigioso ou o consensual – ou seja, quando somente um dos cônjuges quer a separação ou quando há consenso referente ao processo, respectivamente.
O secretário destaca que cursos e reuniões como essa são de suma importância à população que vem enfrentando dificuldades, no intuito de melhorar e solucionar os problemas gerados.
A assistente social Luiza Helena Cosmo Spaki, da FAS (Fundação de Ação Social) de Curitiba, falou com o público, em especial, sobre a responsabilidade da educação dos filhos e os desdobramentos psicológicos, emocionais, físicos e de relacionamento social, e a desestruturação da atual conjuntura familiar que o divórcio e a separação do casal podem causar.
A palestra também abordou conceitos da alienação parental, no qual uma criança, numa base contínua, cria um sentimento de repúdio a um dos pais sem qualquer justificativa, devido a uma combinação de fatores, incluindo a doutrinação pelo outro progenitor. “É um grande problema que afeta diretamente a relação parental e que costuma permanecer mesmo após a separação conjugal, influenciando negativamente na construção da vida e até da saúde das crianças”, afirma a assistente social.
“Nosso principal objetivo como agentes públicos e sociais é buscar a conciliação e a conscientização à redução do litígio, pensando no bem comum, no bem ao próximo, haja vista o elevado número de processos das Varas de Família que tendem a congestionar o Judiciário”, reforça Spaki.