13/10/2015
Por Luis Augusto Cabral
O impasse sobre o futuro das três creches mantidas por entidades assistenciais em Campo Largo continua. Cerca de 500 crianças das creches Mariinha, Anjo da Guarda e Odila Portugal continuam ameaçadas de ficar em casa, em 2016, enquanto o poder público municipal e as entidades assistenciais discutem a necessidade do cumprimento da legislação federal.
Na última terça-feira (06), em reunião na Câmara Municipal, o assunto foi debatido à exaustão, ficando a proposta para que a Prefeitura Municipal adie o cumprimento da lei para o final de 2016, para que as entidades tenham tempo para contratar pessoal para substituir os funcionários da Prefeitura Municipal.
Nova reunião foi marcada para o próximo dia 20, também na Câmara Municipal, quando o problema poderá ser equacionado. Enquanto isso, o secretário municipal da Educação, Avanir Mastey, pediu um encontro com o presidente da Federação Espírita do Paraná, mantenedora da Creche Mariinha, para discutir o assunto.
Andréa Sanches, da Creche Mariinha, informou à Reportagem da Folha, nesta quinta-feira (08), que é muito difícil para as entidades contratarem funcionários, em tão pouco tempo, para substituir os cedidos pela Prefeitura Municipal. “Com um ano é possível que a situação seja solucionada”, explicou.
Continuam as possibilidades de municipalização das três creches, pela Prefeitura Municipal, quando todos os funcionários permaneceriam em cada unidade. Esta solução, entretanto, não é interessante para o Poder Público, que precisa desse pessoal para as novas creches, que estão sendo abertas.
Até o próximo dia 20, as entidades envolvidas querem uma solução, porque o tempo é curto e se a exigência da Prefeitura Municipal, de retirada dos servidores, se mantiver, as creches não poderão abrir em 2016.