Dezenas de caminhões pesados, carregando saibro e pedras, o dia inteiro, estão “detonando” as ruas de antipó do bairro Rivabem.
08/09/2015
Por Luis Augusto Cabral
Dezenas de caminhões pesados, carregando saibro e pedras, o dia inteiro, estão “detonando” as ruas de antipó do bairro Rivabem. As principais ruas, Califórnia e Concórdia, são as mais prejudicadas. Os moradores, revoltados, estão ameaçando colocar barricadas nas ruas, para impedir o tráfego pesado na região. As obras de ampliação da Sig Combibloc são apontadas como a causa do problema.
Na tarde da última quarta-feira, a Reportagem da Folha esteve no bairro, para documentar o caso. Não são todas as ruas que são utilizadas pelos caminhões, mas as principais já não apresentam condições normais de trânsito para veículos leves. As informações são de que o problema começou a pouco mais de uma semana e, nesses poucos dias o problema se ampliou. O secretário municipal de Obras, Luiz Cecato, também esteve no bairro e constatou o problema. Disse que vai conversar com a Diretoria da Sig Comibloc para, mais tarde, a empresa ajudar na recuperação das ruas.
Antipó
Karen Danieli Camilo, moradora da rua Califórnia, disse que “as ruas do bairro não são dimensionadas para o tráfego de caminhões pesados. O antipó não aguenta tanto peso. O resultado está aí”, explicou ela, adiantando que ainda tem mais um problema. “Além do antipó destruído, temos que conviver com o pó, que os caminhões levantam, principalmente nos buracos, além dos perigos de acidentes”. Muitos moradores, inclusive crianças, na ida e na volta das escolas, costumam transitar por sobre as pistas, uma vez que as ruas do bairro têm poucas calçadas, e o tráfego de caminhões se constitui em mais um risco para elas.
O secretário de Obras explicou que, devido à ampliação da indústria, uma grande movimentação de terra está sendo necessária. “Eles estão transportando o material para o Itaqui de Cima, em mais de 200 caminhões/dia, que passam pelas principais ruas do bairro, com destino à rua Luiz Rivabem, e depois para o Itaqui de Cima. Como as ruas têm tratamento antipó, não suportaram o peso e o tráfego, mas como não há outra solução, vamos conversar com a Diretoria da Sig, para depois elaborarmos um projeto de recuperação destas ruas, em conjunto”, disse ele.