05/09/2015
Crise exigirá novas estratégias para defender empregos
05/09/2015
Redução de direitos e de proteção social. Esses são os custos mais penosos que a crise econômica insiste em repassar ao bolso do trabalhador. Preocupada com o enfrentamento desse período de incerteza, a diretoria do Sindimovec está aprofundando, internamente, o debate de um plano de atuação para os próximos meses.
Apesar das dificuldades enfrentadas pelas empresas neste ano, os acordos foram fechados, com exceção da Fiat, que, após cinco meses, reabriu as negociações com o Sindicato, trazendo, porém, a mesma proposta que já havia sido reprovada pelo sindicato em mesa de negociação. “Este ano, mesmo com todos os problemas, conseguimos garantir os acordos dos trabalhadores da Caterpillar e Metalsa e, agora, gostaríamos muito de finalizar nossa bronca com a Fiat. Mas parece que eles não estão com a mesma vontade. Enquanto que, em relação às outras empresas, estamos começando a planejar a luta para 2016, com a FIAT sequer temos uma negociação acabada. O que nos preocupa é que, ao que parece, em 2016 também teremos que superar desafios”, diz o presidente do Sindimovec, Adriano Carlesso.
O ramo metalúrgico é um dos que mais sofre com a instabilidade econômica e, por isso, as estratégias para garantir a proteção dos empregos exigirão ainda mais dos Sindicatos. “A união e a solidariedade é que farão a diferença para vencer essa fase ruim. Vamos continuar priorizando nossa política de ouvir os trabalhadores de cada empresa, cada realidade, para, então, traçarmos um plano de trabalho condizente com aquilo que eles querem e precisam. Temos investido muito forte nos últimos anos em dispositivos para ouvir melhor os trabalhadores para que tenhamos condições de tomar sempre o melhor escolha em nossa decisões, reforça.
Inflação
Segundo o Dieese, as negociações deste ano teriam sido melhores, não fosse a inflação em alta. “À medida que a inflação aumenta, há uma dificuldade maior de obter recomposição de salário, e mais ainda no que diz respeito ao ganho real médio”, observou o coordenador de Relações Sindicais do Dieese, José Silvestre.