18/07/2015

Com a sequência de acidentes e mortes no início de julho, a necessidade de uma trincheira no km 104 da BR 277, na altura do Jardim Guarani, voltou à pauta. Protestos dos campo-larguenses cobram medidas dos responsáveis – Departamento de Estradas e Rodagem (DER) e concessionária CCR RodoNorte. No entanto, a demanda não é atual. Só em 2015, a solicitação já foi protocolada oficialmente em três órgãos: DER, CCR e Secretaria de Estado da Infraestrutura e Logística.

Autor das solicitações, o deputado estadual Alexandre Guimarães (PSC) afirma que a resposta dos órgãos é positiva pela execução da obra, mas não há uma confirmação ou estabelecimento de prazo. Para Guimarães, o nascimento de um movimento popular para pressionar as autoridades é fundamental para que a construção aconteça mais rápido.

“Nas reuniões, recebi a confirmação de que a obra acontecerá e entrará no contrato com a concessionária. Porém, a previsão que passam é de aproximadamente cinco anos para começar o processo, ou seja, no fim do contrato com a CCR. É aí que a pressão popular entra e pode ser decisiva”, ressalta o parlamentar, se referindo ao movimento composto principalmente por moradores do Jardim Guarani, que realizou protestos e foi até a sede da CCR levar a reivindicação da trincheira.

“Sei que os moradores receberam a mesma resposta, de que a obra só entraria no próximo contrato, e acabaram discutindo soluções paliativas. Mas acredito que não podemos desistir da trincheira, especialmente agora que a renovação dos contratos com as concessionárias está em discussão no Congresso Nacional e pode ser que elas tenham que se comprometer com a realização de algumas obras”, acrescenta o deputado.

O deputado confirma que continuará a intermediação do pedido e o trabalho político pela inclusão da obra nos investimentos de infraestrutura previstos para os próximos anos. “Aproveito para deixar um convite aos representantes dos moradores do Jardim Guarani, para que venham até o meu gabinete. Vamos discutir estratégias e unir forças para trazer a trincheira e outras ferramentas como o redutor de velocidade”, diz.

Pedidos oficiais
No dia 10 de março, o deputado se reuniu com os diretores do DER e da CCR, Nelson Leal Junior e José Alberto Moita, e pediu a construção de duas trincheiras: uma no km 104 e outra na região do km 109. No dia seguinte, o pedido de providências direcionado ao DER foi protocolado na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Em maio, a solicitação também foi oficializada à CCR.

Em junho, antes das fatalidades registradas no trecho que tem sido chamado de “km da morte”, o parlamentar entregou o mesmo pedido em mãos ao secretário de Infraestrutura, Pepe Richa, pedindo uma resposta e, ainda, determinação de prazo para a obra.