12/07/2015
Trincheira no Jardim Guarani só com muita pressão popular
12/07/2015
Por: Luis Augusto Cabral
Uma trincheira no km 104 da BR-277, ou um viaduto, para garantir maior segurança no retorno do Jardim Guarani, só deverá ser construída depois de muita pressão popular. Não há nenhuma previsão desta obra, no atual contrato de concessão da rodovia, não existem recursos e nem projeto. Se nada for feito, somente depois de 2021, quando vence o atual contrato de concessão, a obra poderá ser incluída num novo contrato. Há, ainda a discussão entre os governos Estadual e Federal, sobre a concessão da rodovia. Um redutor de velocidade poderá ser implantado, como medida paliativa, mas até esta obra necessita de autorização do poder concedente, no caso, o Governo do Estado.
Os acidentes, inclusive com mortes, que têm se repetido nos dois retornos existentes na região, foram motivos de protestos dos moradores, que chegaram a fechar a rodovia em duas ocasiões. Na última quarta-feira (08), um grupo de moradores do Guarani foi até Ponta Grossa para conversar com a Diretoria da concessionária RodoNorte, para reivindicar a obra. O grupo voltou com alguma informação, mas sem nenhuma garantia de que uma trincheira possa ser construída no local.
Estudo
Na RodoNorte, os moradores de Campo Largo foram recebidos por diretores e engenheiros, que explicaram existir um estudo, feito pela concessionária, para melhorar a segurança naquele trecho da rodovia, como a proibição de conversão de veículos longos. Há, também, estudos para a construção de um retorno em desnível, no quilômetro 104, embora esta obra não esteja contemplada no atual contrato. Os moradores de Campo Largo voltaram de Ponta Grossa sabendo da longa briga que terão que enfrentar, na luta pela construção dessa obra, não somente junto ao Governo do estado, mas também junto ao Governo Federal.
A CCR RodoNorte e os campo-larguenses discutiram medidas paliativas – de efeito temporário – para reduzir os riscos na travessia do Km 104. Entre as medidas estudadas estão a proibição do retorno de veículos articulados da pista Sul para a Pista Norte e a instalação de radar na pista sentido Campo Largo, com reforço na sinalização indicativa, que serão discutidas pela empresa junto ao Departamento de Estradas de Rodagem e Polícia Rodoviária Federal, antes de sua implantação.
Entre as possibilidades para a viabilização da construção da passagem em desnível, está a inclusão da obra no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, ou ainda a sua realização pelo programa de concessões. A concessionária esclarece também que, caso seja da vontade do Governo Federal e do Governo do Estado incluir esta obra no programa de concessões do Paraná, a empresa está à disposição para a execução do projeto, através de um aditivo contratual.
O contrato de concessão das rodovias federais administradas pelo Governo do Estado, no Paraná, vencem em 2021. Nesse ano ou o Governo Federal retoma a administração ou renova o contrato com o Governo do Estado, por mais 25 anos. Nos dois casos, é possível que se faça uma nova licitação, para concessão à iniciativa privada, ou o próprio Governo passe a administrar diretamente as rodovias, com ou sem a cobrança de pedágio.
Até lá só resta aos campo-larguenses continuarem a briga, pressionando os governos para a construção de viadutos ou trincheiras, ao longo do trecho rodoviário que liga Campo Largo a Curitiba. O movimento iniciado pelos moradores do Guarani já articula reuniões com deputados estaduais, federais e com o secretário de Estado dos Transportes, para reivindicar a obra.