Moradores no Jardim Guarani, em Campo Largo, realizaram uma manifestação no KM 104 da BR-277, na pista sentido Ponta Grossa, na manhã desta segunda-feira (6).
06/07/2015
Por Luiz Henrique de Oliveira e Djalma Malaquias Z. Fotos: Djalma Malaquias | Banda B
Moradores no Jardim Guarani, em Campo Largo, realizaram uma manifestação no KM 104 da BR-277, na pista sentido Ponta Grossa, na manhã desta segunda-feira (6). Os manifestantes chamam o local de ‘KM da Morte’, devido aos casos de acidentes fatais que aconteceram na semana passada. Foram três mortes em dois acidentes diferentes.
Os manifestantes pedem um redutor de velocidade e, principalmente, uma trincheira. Motoristas costumam cruzar a BR para acessar o retorno (ver foto acima), o que causa as colisões transversais. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), 65% dos acidentes neste trecho da BR-277 acontecem no KM 104.
Danilo Chulik, morador da região, disse que desde 2011 os moradores esperam por uma trincheira. “Ninguém aguenta mais tanta demora. O espaço é curto e a visão é pouca. Os riscos são enormes. O ideal seria a trincheira, mas até um redutor de velocidade já poderia ajudar. Foram três mortes em dois acidentes diferentes”, lamentou.
Por sua vez, Leandro Liça, irmão do soldado da Polícia Militar (PM) Lucas Liça, que morreu depois de ser atingido por um caminhão na última quarta-feira (1), acredita que só um redutor de velocidade seria pouco. “No caso do meu irmão, ele morreu porque um caminhão foi acessar o retorno de forma irregular. Um redutor não mudaria nada. Estou sentindo na pele a dor de ter perdido alguém neste trecho”, disse.
Os manifestante informaram que, nesta quarta-feira (8), têm uma reunião marcada com os responsáveis pela Rodonorte, concessionária que administra o trecho. O encontro acontecerá em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, onde a empresa deve mostrar planos para o que pode ser feito no local.
A Rodonorte confirmou a reunião e manteve a informação de que não há previsão para a construção de uma trincheira, porque ela não está prevista no contrato feito com o Departamento de Estradas e Rodagem (DER).
PRF opinou
Na semana passada, o inspetor Martinez, da PRF, confirmou que a medida mais efetiva seria a construção de uma trincheira, porém não mostrou otimismo. Segundo ele, outra solução seria fechar o acesso à BR-277 pela marginal, fazendo com que os moradores precisem dirigir 4 km até o próximo retorno. O problema, segundo Martinez, é que isso geraria mais revolta entre os moradores.