Capacitação visa melhorar o acesso e o atendimento dos usuários com deficiências nos transportes coletivos
02/07/2015
Uma sociedade que não discute e não viabiliza soluções para a construção de espaços menos excludentes, buscando alternativas para o convívio na diversidade, não pode ser considerada uma sociedade inclusiva. É pensando assim que a equipe de Educação Especial e Inclusiva da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes criaram um projeto que visa desenvolver a capacitação de funcionários das empresas do município, projeto tem como objetivo melhorar o acesso e o atendimento dos usuários com deficiências nos transportes coletivos.
“Em Campo Largo, a Educação é inclusiva e equitativa, isto significa dizer que as pessoas com deficiências, os diferentes, excluídos ou discriminados são potencializados pela educação para serem sujeitos no exercício da cidadania”, comenta o secretário da pasta, Avanir Mastey.
O projeto teve início em 2014, e conta com a parceria com as Empresas de Ônibus Transpiedade e Campo Largo. No último dia 17 o segundo encontro contou com a participação da Coordenadora da Equipe de Educação Especial Inclusiva da Secretaria, Agna Mara Cavalli Poletto, Coordenadora do CAE Área Visual, Adriane Kuroski, Coordenadora do CAE Área da Surdez, Daniela Liberato, além de Gilmar do Carmo Moreno, cego e usuário do transporte coletivo. Cerca de 90 funcionários estiveram presentes.
“Inclusão não é tratar as pessoas com deficiência de forma igual, dessa forma não estamos respeitando o que lhe é específico, elas tem que ser tratadas com justiça”, ressalta a coordenadora Agna Poletto.
Para melhor atender o usuário de cadeira de rodas, as empresas vêm investindo na manutenção preventiva a cada cinco mil quilômetros rodados, bem como a contratação de um profissional técnico exclusivo para manutenção dos elevadores.
Com esta iniciativa, as empresas demonstram a preocupação com a qualidade dos serviços prestados, atendendo as necessidades de todos os usuários de transporte, sem discriminação e fazendo a inclusão de todos, promovendo uma melhor mobilidade urbana. “Nossa maior dificuldade hoje é atender os usuários de cadeiras de rodas devido a situações que causam panes prematuras nos elevadores, tais como as condições das vias - que geram trepidações e poeira e danifica os componentes eletrônicos e hidráulicos - bem como o lixo deixado pelos passageiros. A umidade também é um dos fatores que comprometem os 15 componentes que acionam o elevador”, comenta Amarildo Nico, gerente geral de uma das empresas.
Nico finaliza relatando sobre a importância de atividades como esta. “O encontro foi muito positivo. Trata-se ainda de algo novo, mas precisamos estar atentos porque o público que tem alguma necessidade ou limitação está utilizando cada vez mais o transporte público. Agradecemos a parceria com a Secretaria Municipal de Educação. O curso é de extrema importância para nossas empresas, para que possamos aprimorar o atendimento junto aos nossos passageiros”, finaliza.