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Geral

Granizo

22/06/2015

Campo Largo ainda tem centenas de carros marcados pelo granizo

Granizo

22/06/2015

Por: Luis Augusto Cabral



Vale a pena mandar “desamassar” o carro atingido pelo granizo? Muitas vezes custa bem menos do que a maioria das pessoas imagina. É possível recuperar a lataria de um veículo por valores que vão de R$ 500,00 a R$ 1.500,00, quando os danos não são muito severos. Para um veículo um pouco mais “detonado”, esse valor pode ser maior, mas mesmo assim, na maioria dos casos, a recuperação da lataria vai valorizar o veículo.

A Reportagem da Folha foi procurar um profissional para falar sobre o assunto, e encontrou Alexandre Alves da Silva (41), “Martelinho de Ouro” paulista que há pouco mais de seis meses se estabeleceu em Campo Largo. “Eu vim para passar uma temporada, reparar veículos atingidos pelo granizo de 17 de outubro de 2014, mas gostei tanto da cidade que me mudei para cá com a minha família”, explicou.

Pelo mundo

Recuperar a lataria de veículos atingidos pelo granizo é o trabalho de Alexandre. Ele já conheceu vários países trabalhando nessa função. “É quase uma arte”, explica o profissional que há seis anos, após um curso no Senai, em São Paulo, começou a trabalhar no que gosta. “O nome correto da profissão é “Funileiro de Brilho”, mas todo mundo chama de “Martelinho de Ouro”. É uma técnica interessante, que parece fazer milagre”, explicou, adiantando que existem dois tipos de funileiro de brilho, o que repara pequenos amassados e o chamado “granizeiro”. “Esse viaja o mundo, e onde ocorre uma chuva de granizo, sempre ele aparece e fica na cidade uma boa temporada”, garante.

Quando ocorreu a tempestade de granizo, no dia 17 de outubro de 2014, em Campo Largo, Alexandre estava em São Bernardo, onde morava com a família. Cerca de 15 dias depois ele foi chamado para recuperar alguns veículos em Campo Largo. Depois de uns dois meses, viu que havia muito trabalho e resolveu ficar, trouxe a família e, hoje, sua base é Campo Largo. “Trouxe minha mulher e os filhos de 03 e 12 anos. A filha de 18 ficou com parentes, em São Paulo, porque está na faculdade. Ele não pensa em sair de Campo Largo. “É uma cidade pacata, muito boa para morar, pela tranquilidade e custo de vida baixo, se comparado a São Paulo”, disse ele.

Sobre o trabalho, Alexandre disse que muita gente está rodando com o carro amassado pelo granizo, sem saber que o conserto não custa muito e que valoriza o veículo. “O importante da técnica é que o carro fica original e o serviço é rápido, dois, três dias, no máximo”, explicou. Sobre a tempestade de granizo de Campo Largo, ele disse que foi um acidente natural muito violento, dos maiores que já viu em suas viagens pelo mundo, inclusive México, Argentina e Iraque. “Em geral, nesses eventos grandes, as concessionárias ou seguradoras contratam os nossos serviços”, explicou.