14/06/2015
Secretaria promove capacitação na área da Psicologia Infantil
14/06/2015
Uma capacitação especializada foi desenvolvida no início deste mês para mais de 100 educadores, professores e funcionários do ambiente escolar, na sede da Secretaria. Os participantes foram instruídos acerca da Psicologia na Educação pela psicóloga Mariane Louise Holz Bonato, hoje coordenadora do Departamento de Abordagem Psicossocial na Infância e Adolescência.
A profissional destacou no encontro pontos fundamentais entre o relacionamento decisivo da escola, dos professores, dos alunos, da família e comunidade escolar. Servindo de apoio aos participantes, a psicóloga ressaltou a responsabilidade da atividade do professor no contexto da motivação e do impulso à educação dos alunos. Vídeos e exemplos foram repassados na ocasião, relatando a importância do acompanhamento genuíno dos professores para com os alunos, bem como a crescente desconjuntura familiar atual e, especialmente, sobre a medicalização da Educação no aspecto da saúde, da falta de informação e dos riscos futuros. Neste momento, a profissional envolveu o poder da escola no desenvolver de métodos para aproximar alunos em risco com o intuito de ajudá-los, fornecendo respaldo e encaminhamentos aos órgãos responsáveis, como por exemplo, o Conselho Tutelar, CREAS, CAPS e setor de Saúde Mental.
A psicóloga abordou a necessidade da correta averiguação sobre a necessidade de medicar crianças e adolescentes, quando, no atual cenário, as crianças estão sendo massificadas e rotuladas como bipolares, hiperativas e deficientes, por exemplo, uma vez que esse diagnóstico é delicado e deve ser realizado por um profissional gabaritado.Também foi destacada a importância da criação de uma rede cuidadora na escola, que servirá como laboratório para conhecer e instigar o que se passa na casa de cada aluno e como compreender e moldar comportamentos e atitudes sociais.
“Precisamos, antes de mais nada, não julgar - é necessário o acolhimento do aluno e de todo o seu universo de problemas para traçarmos o diagnóstico e o tratamento adequados.
O fortalecimento de vínculos afetivos são essenciais na reconstrução do elo perdido entre o aluno, a família e a vida. O professor, neste caso, presta um primoroso trabalho na fiscalização diária dessas crianças em vulnerabilidade social. Também é necessário saber ouvir e verificar as atitudes dos alunos e traçar um plano para incentivá-los, na tentativa de superar traumas e danos, visando a reinserção no próprio ambiente e a ressocialização dos mesmos.
“Profissionais que atuam com crianças e adolescentes precisam saber reconhecer e legitimar problemas e abusos nos infantojuvenis e identificar, em conjunto, o melhor tratamento - é nossa função e, acima de tudo, tem que ser feita com carinho e olhar à humanidade”, conclui a psicóloga.