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Volta às aulas! Estudantes não terão aulas em janeiro, mas calendário deve ocupar mês de fevereiro

Volta às aulas! Estudantes não terão aulas em janeiro, mas calendário deve ocupar mês de fevereiro

09/06/2015

Por Felipe Ribeiro e Juliano Cunha | Banda B

Com o encerramento da greve dos professores e funcionários de escolas estaduais do Paraná, a preocupação imediata é a retomada do calendário letivo. A Lei de Diretrizes e Bases, que regulamenta a educação no Brasil, exige o cumprimento de, no mínimo, 200 dias letivos, o que deve levar a maioria das instituições de ensino a terem aulas em fevereiro de 2016. Em entrevista coletiva nesta terça-feira (9), a secretária da Educação, Ana Seres Comin, as escolas terão datas diferenciadas para o cumprimento do calendário, já que algumas instituições tiveram paralisação total e outras parcial.

“Aquelas que pararam totalmente terão muita dificuldade de cumprir o calendário até o dia 23 de dezembro. Os sábados não são viáveis e ainda temos problemas com o transporte dos municípios, então temos que avaliar individualmente”, comentou Ana Seres. Janeiro não é considerado devido ao período de férias dos professores definido por lei.

Nos casos das escolas que paralisaram totalmente para a greve, 29 dias letivos foram cumpridos entre as duas greves. Considerando a data de 23 de dezembro e desconsiderando sábados e feriados, ainda seriam necessários 34 dias de aulas, o que tomaria não só o mês de fevereiro, como também o começo de março.

Com as definições, o calendário de 2016 também fica comprometido e o recesso de julho também passaria a ser letivo. “Serão dois calendários, um começando em fevereiro e outro com o encerramento em fevereiro e já estamos avaliando a condição também dos alunos do período noturno”, explicou.

Retorno às aulas

Segundo a secretária, a maioria das escolas já tem condições de retornar aos trabalhos a partir de quarta-feira (10). “Os alunos não tem culpa de tudo que ocorreu. Já acordamos vários itens com o sindicato e estipulamos prazos para os itens discutidos, então podemos sim voltar para as salas de aula”, disse.

Veja, abaixo, a íntegra do posicionamento da Secretaria de Estado da Educação juntamente com as Chefias de Núcleos Regionais, em caso de retorno imediato (dia 10/06) às aulas:

1 – Não serão abertos Processos Administrativos contra diretores de escolas desde que eles entreguem os Relatórios Mensais de Fequência (RMFs) dos profissionais da educação (professores e funcionários) referentes aos meses de abril e maio, até 12 de junho, e de junho até o dia 5 de julho.

2 – As faltas de maio e junho serão negociadas mediante reposição das aulas e compensação da carga horária dos funcionários.

3 – Não serão feitas rescisões para contratos de professores temporários em função das faltas durante o período de greve.

4 – As faltas do mês de abril (4 dias) serão reembolsadas e tornadas sem efeito a partir do momento que:

1º) Houver a entrega dos RMFs até 12 de junho

2º) Forem elaborados e homologados todos os calendários das unidades escolares pelas chefias dos NREs. A data limite para entrega dos calendários é dia 19 de junho.

O reembolso das faltas de abril fica condicionado à reposição das aulas. As faltas podem ser lançadas novamente se não for efetivada a reposição de aula.