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Drogas

Secretaria abre diálogo sobre drogas do bairro Dona Fina. Secretário diz que se os pais não tiverem tempo para seus filhos, existe alguém que tem - o traficante.

Drogas

26/05/2015

Na noite do último dia 20, integrantes da Secretaria de Políticas Sobre Drogas estiveram presentes em uma reunião de pais da Escola Municipal Dona Fina, realizada na sede da Igreja Católica Dona Fina, região da Ferraria.

Na oportunidade, o secretário Carlos Weber dialogou com os mais de 200 pais e familiares presentes sobre a importância da prevenção na fase da infância e adolescência, bem como repassou informações técnicas sobre as consequências do uso e abuso de substâncias psicoativas, interagindo com a comunidade escolar.

Segundo dados da própria Secretaria, 57 jovens morreram em 2012 por conta das drogas; em 2013, ano de criação do órgão e início da atual gestão do prefeito Affonso Guimarães, 500 famílias passaram por atendimento no órgão em busca de apoio e ajuda pelo motivo do uso do crack.

Um dependente químico envolve, diretamente, 33 pessoas/parentes próximos nos conflitos que acercam a problemática. Informações sobre as drogas lícitas, que são as que mais matam em todo o mundo, foram tecnicamente abordadas no encontro. O uso do álcool e tabaco/cigarro foi também culturalmente adotado pela nossa sociedade; contudo, são essas drogas com grande potência danificadora que, em 2014, mataram aproximadamente 100 mil pessoas no Brasil, em acidentes de trânsito por embriaguez. O número de mortes é cada vez mais crescente, especialmente na adolescência.

Weber destaca que a bebida e o cigarro são portas de entrada para o abuso de outras drogas mais "pesadas". Outra prática que parece inofensiva é o uso indiscriminado do 'Narguilé' que aumenta até 100 vezes o malefício da droga consumida - por exemplo, fumar no instrumento por uma hora equivalerá a fumar de 100 a 200 cigarros, prejudicando e arrasando ainda mais a saúde do corpo e da mente.

A diretora da Escola, Célia Cristina Baridoti Cerqueira, enfatiza a vasta relevância do tema, principalmente ao ensino dos anos iniciais, às crianças - "temos que ter conhecimento do assunto para ensiná-lo, cotidianamente, aos nossos alunos. É extremamente importante a participação dos pais e a atualização dos mesmos sobre o que corre nas ruas, para tentarmos inserir uma nona geração que pense e viva a cidadania e os valores positivos que organizam nossa sociedade."

A avó de uma aluna de cinco anos, Dona Rosa Gouveia, é auxiliar de serviços gerais e afirma que vários pontos destacados no diálogo não eram de seu conhecimento, o que contribuiu para seu entendimento e prevenção familiar.

O estudante de Direito, Sergio Augusto Escolástico, tem 42 anos e é pai também de uma aluna, com seis anos de idade. Ele salienta que o projeto é de suma relevância para a comunidade - "as informações são atualizadas e repassadas de maneira simples e eficaz; isso faz toda diferença. Se queremos mudanças, precisamos ser exemplo para nossos filhos e para nossa sociedade."

O secretário concluiu o encontro evidenciando que se os pais não tiverem tempo para seus filhos, existe alguém que tem - o traficante. "Precisamos inteirar e estreitar a relação dos pais com a escola; também é preciso estar sempre atento e ser participativo nas reuniões e diálogos escolares, para entender todo o processo de como prevenir e como tratar."