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Policial

Família conta outra versão sobre morte que envolveu GM

Família conta outra versão sobre morte que envolveu GM

30/01/2015

Familiares de Sidnei Aparecido de Almeida compareceram na redação da Folha de Campo Largo nesta semana para contar a versão deles sobre a morte de Sidnei no dia 21 de janeiro deste ano. O relato é de acordo com informações do filho de Sidnei que estava no carro e também dos familiares que chegaram ao local logo que Sidnei foi baleado.
Segundo eles, o caso é bem diferente do que foi relatado pela Guarda Municipal. Contaram que Sidnei tinha um emprego fixo como frentista em um posto de gasolina e trabalhava em um estacionamento no Centro de Campo Largo com a esposa. Era pai de dois filhos, de 8 e de 11 anos.
Eles comentaram que Sidnei realmente não tinha Carteira de Habilitação e estava com a documentação do carro atrasada. Ele veio de Curitiba, do posto onde trabalhava, pegou a Rua Dom Pedro II e seguiu pela João Stukas para voltar embora para casa. O filho dele de oito anos, que estava junto no momento, contou que o carro fez um barulho na hora que ele trocou a marcha, nesta rua, e a Guarda Municipal começou a segui-lo, mas sem sirene ligada. Sidnei não teria achado em nenhum momento que a Guarda estava atrás dele e ele continuou andando em direção à sua casa.
De acordo com o que relataram, ele passou em uma lombada, furou o pneu e ele andou por mais uns 50 metros para poder estacionar o carro em frente a uma casa. Nesse momento, os guardas municipais pararam o carro ao lado. Ele estava com o vidro do carro aberto, um guarda teria falado “perdeu bandido” e já atirou de dentro da viatura, sem dar tempo da vítima reagir ou falar qualquer coisa – segundo relato da família, com base no que a criança teria contado. Após levar o tiro, Sidnei teria questionado por que o guarda atirou e depois falou para o filho que não estava conseguindo respirar direito.
Familiares estranharam a demora porque Sidnei havia avisado por telefone que estava chegando em casa e não chegou. Quando foram tentar encontrá-lo, viram a movimentação e que ele estava dentro do carro, já baleado, na João Stukas.
A esposa foi retirar o filho do carro, mesmo contra a vontade dos guardas, que estariam apontando a arma aos familiares. Nisso ela viu que o marido estava com a cabeça caída, mas olhando para a criança. Dentro do carro a criança gritava, questionando a morte do pai.
A esposa viu todo o sangue e pediu auxílio para os policiais. Ela começou a fazer massagem cardíaca com ele no chão e pediu auxílio. Um dos guardas teria falado que não ia socorrer bandido. Então a família colocou no carro da cunhada dele e foram para o Hospital, mas encontraram o Samu no caminho. Colocaram na ambulância e a médica do Samu tentou reanimá-lo na hora e logo o levaram ao Hospital do Rocio. Menos de 2 horas depois ele morreu no hospital.
Familiares relataram que ele tinha passagem pela polícia, mas já fazia muito tempo. Segundo a sogra dele, Sidnei era um menino muito bom. A família afirma que não retirou nada do carro, apenas o menino, e em momento nenhum ameaçou os guardas de morte. Família aguarda uma resposta do secretário de Segurança para que a justiça seja feita.