17/08/2014
Campo Largo estava na agenda de campanha do Eduardo Campos
17/08/2014
Por: Danielli Artigas de Oliveira
Morreu nesta quarta-feira (13) o candidato à Presidência da República Eduardo Campos, aos 49 anos de idade. Os campo-larguenses perderam a oportunidade de ter conhecido esse importante personagem político, pois estava previsto que ele viesse para Campo Largo no dia 22 de agosto. Carlos Andrade é um campo-larguense que tinha uma relação próxima de trabalho com ele, pois ajudava na coordenação da campanha dele no Paraná.
“Com um perfil conciliador, de muito diálogo, inteligente, repassava para todos um modelo novo de fazer política, um político de muita coragem e determinação, se destacava nessa eleição pelo seu preparo, clareza em suas propostas e pensamentos. Empenhado na construção de um país igualitário, justo e democrático, Eduardo Campos seguia os passos de seu avô Miguel Arraes. Empenhado na construção de um país igualitário, justo e democrático, Eduardo Campos seguia os passos de seu avô Miguel Arraes, um dos mais importantes nomes da política republicana. Político jovem, com carreira promissora, Eduardo Campos fará muita falta à democracia brasileira. Tive o privilégio de conhecê-lo e também com ele aprender muito. Nos últimos meses recebi dele a missão de coordenar sua campanha aqui no Paraná junto aos demais companheiros do PSB. Estivemos juntos em diversas oportunidades por todo o Brasil, mas a última vez foi em Brasília na convenção nacional do PSB, pude presenciar mais uma vez a sua alegria, sentir a energia que ele nos passava em suas palavras, uma liderança humilde, porém muito convicta de seus objetivos, outra particularidade do Eduardo era o seu lado família, ele sempre conciliou bem seus compromissos políticos e por muitas vezes sua família estava presente”, declara Carlos Andrade.
Para ele, Eduardo Campos lutava por um Brasil melhor, representava a nova política e tinha muita coragem, “a coragem que precisamos para melhorar o Brasil”. Na sexta-feira passada (08), aconteceu uma reunião com a coordenação nacional, discutindo uma agenda do Eduardo para o Paraná, e no dia da tragédia o presidente estadual do PSB, Severino Araújo, esteve em São Paulo pela manhã confirmando a agenda. Ele conta que Eduardo Campos viria para o Paraná no próximo dia 22, uma sexta-feira, em agenda oficial de campanha e com grande possibilidade de Eduardo vir a Campo Largo. “Agenda que já havíamos discutido com a coordenação, infelizmente fomos surpreendidos com essa fatalidade que tirou de todos os brasileiros a esperança de termos o Brasil que queremos com Eduardo Campos presidente”, lamenta.
“Ainda estamos muito abalados com essa tragédia, o partido deverá definir seus rumos durante os próximos dias, mas com certeza dando continuidade a esse legado deixado pelo Eduardo a todos nós”, completa.
Em sua última entrevista ele deixou a seguinte mensagem: “Não vamos desistir do Brasil. É aqui onde vamos criar nossos filhos, é aqui onde temos de criar uma sociedade mais justa. Para isso, é preciso ter a coragem de mudar, de fazer diferente, de reunir uma agenda, a agenda da escola em tempo integral para todos os brasileiros, a agenda do Passe Livre, a agenda de mais recursos para a saúde, a agenda do enfrentamento do crack, da violência. O Brasil tem jeito, vamos juntos”.
Em nota, o PSB divulgou que “Eduardo Campos vivia o auge de sua brilhante carreira política: deputado estadual, secretário de Estado de Pernambuco, deputado federal, ministro de Estado, governador de Pernambuco reeleito por consagradora maioria, oferecia sua experiência e juventude ao serviço do País. Candidato à Presidência da República, apresentou-se ao debate de nossas questões fundamentais, coerente com os princípios que sempre nortearem sua vida, e o primeiro deles era a busca por justiça social, razão de existência do Partido Socialista Brasileiro. Perdemos Eduardo Campos quando mais o Brasil precisava de seu patriotismo, seu despreeendimento, seu destemor e sua competência. Não é só Pernambuco e sua gente que perdem seu líder; não é só o PSB que perde seu líder. É o Brasil que perde um jovem e promissor estadista”.