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O Brasil precisa de uma reforma política

O Brasil precisa de uma reforma política

08/08/2014

Diversos movimentos sociais estão intensificando em todo o país a campanha pela realização de um Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. Em Campo Largo, a NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores) e o Sindimovec também são favoráveis à realização desse  Plebiscito.

O Plebiscito é uma forma de consulta popular, através do voto e a proposta é que seja realizado entre os dias 1º a 7 de setembro de 2014. Caso seja aprovado pela maioria da população brasileira, será convocada uma Constituinte Exclusiva e Soberana para mudanças no sistema político.

Patrocínio de grandes empresas

Atualmente, 99% dos políticos eleitos tiveram suas campanhas patrocinadas por grandes empresas. Esse sistema de financiamento não apenas favorece o aumento da corrupção, como também impede a eleição de políticos pobres. Só quem tem muito dinheiro pode participar da política.

Maioria favorável

De acordo com pesquisa da Fundação Perseu Abramo, a maioria da população brasileira (89%) é favorável à reforma política.

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros) convocou uma centena de entidades da sociedade civil para propor o Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela Reforma Política.

O projeto inclui a proibição do financiamento de campanha eleitoral por empresas. Hoje, os brasileiros votam, mas é o poder econômico que elege. No sistema atual, qualquer candidato pode ser financiado por empresas. Uma vez eleito, passa a defender interesses corporativos, e não da população.

Alguns exemplos de aprovações que favorecem o lucro de empresas são a liberação dos agrotóxicos, a isenção fiscal ao agronegócio, os contratos de empreiteiras em obras públicas e a política de juros altos. Segundo analistas políticos, na campanha eleitoral o empresário não faz doação. Faz investimento. Essa promiscuidade entre interesses políticos e negócios privados estimula a corrupção.
Pessoas jurídicas, que não têm direito a voto, influem mais nas eleições que eleitores ao exercerem seu direito de cidadania.

Quanto é gasto na eleição

Segundo dados oficiais do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), nas eleições de 2010, um deputado federal gastou, em média, R$ 1,1 milhão; um senador, R$ 4,5 milhões; e um governador, R$ 23,1 milhões. A campanha presidencial custou mais de R$ 336 milhões. Nas eleições municipais de 2012, segundo recente contabilização do TSE, teriam sido gastos incríveis 6 bilhões de reais.

E os maiores financiadores são empresas que possuem contratos com órgãos públicos. O setor líder é o da construção civil, tendo contribuído com R$ 638,5 milhões; seguido da indústria de transformação, com R$ 329,8 milhões; e do comércio, com R$ 311,7 milhões.

“Daí a importância de participarmos do Plebiscito por uma Constituinte Exclusiva e Soberana na Semana da Pátria”, ressalta Adriano Carlesso, Presidente do Sindimovec.