30/05/2014
Faleceu, na madrugada desta sexta-feira (30), em um hospital de Curitiba, o empresário Darcy Chemin, do histórico Bar do Chemin, que existe desde 1916, quando foi aberto por seu pai, Francisco.
30/05/2014
Faleceu, na madrugada desta sexta-feira (30), em um hospital de Curitiba onde estava internado há 15 dias, o empresário Darcy Chemin, do histórico Bar do Chemin, que existe desde 1916, quando foi aberto por seu pai, Francisco. Darcy deixa viúva Eulália Pereira Chemin, dona Lala, um filho, uma filha e 11 netos. Antes de morrer ele pediu para não divulgarem sua idade.
O velório está sendo realizado na capela municipal e o sepultamento será ainda nesta sexta-feira, às 17 horas. Darcy faleceu vítima de um câncer de pâncreas, descoberto há 15 dias, quando foi internado para verificar dores que estava sentido. Ele trabalhou até aquele dia, no bar.
História
Darcy é descendente de um dos homens que fez história, no início do século XX, em Campo Largo, Francisco, que fundou o bar em 1916. Em 1948, o estabelecimento mudou para o antigo casarão da família Torres, onde está até hoje, na "Praça da Matriz. Durante décadas o bar funcionou como restaurante e hospedaria, um dos estabelecimentos comerciais e de serviços mais importantes da cidade.
Em matéria publicada há dois anos, em jornal de Curitiba, Darcy é mostrado como “um homem pequeno, de narinas italianíssimas, bigode aparado, guarda-chuva à mão, pouca conversa, a não ser que o assunto seja seu pai, Francisco”. Ele tinha seis anos quando foi, pela primeira vez, para detrás do balcão. Naquela época, o trajeto entre Campo Largo e Curitiba era feito em carroça e durava longas seis horas. Darcy lembrava que seu pai enfrentava a viagem para vender quatro mil laranjas, e voltava rápido para cuidar da estalagem, vender polenta com frango.
Lembrava, ainda, Darcy, que seu pai trabalhou muito e ajudou a plantar as magnólias na praça, era um dos mais respeitados comerciantes da cidade. Todas estas histórias ele (Darcy) contava, no bar, repetindo quantas vezes fosse necessário para os visitantes interessados. Para provar ele mostrava hora uma máquina de misturar gelo, outra um velho rádio Phillips à válvula, da década de 1940, no qual a família e os clientes acompanharam as notícias sobre a II Guerra Mundial e tantas outras notícias importantes. Com a morte de Darcy Chemin, Campo Largo perde um pouco mais da sua história viva, de tradição.