25/05/2014

Por:Luis Augusto Cabral

Pelo menos 22 casas, construídas na faixa de domínio da BR-277, nas proximidades da confluência com a Avenida Adhemar de Barros, impedem a execução das obras de acesso daquela avenida, à nova pista da rodovia. Na manhã desta quinta-feira, debaixo de chuva, um grupo de empresários da região, vereadores e diretores da RodoNorte, dentre os quais o presidente da empresa, Alberto Moita, discutiram o problema “in loco”, e o que precisa ser feito para que a obra seja executada.

Já existe um projeto e a obra de acesso é parte do compromisso da Sig Combibloc. Falta apenas a remoção dos moradores da região, além de uma torre de transmissão de energia. Foi observado que a remoção dos moradores é obrigação do Governo do Estado e da Prefeitura Municipal e que a obra não pode ser realizada sem esta ação. No local foi discutida, também, a implantação de uma passarela, que não está no projeto, e só poderá ser construída se forem viabilizados recursos, da ordem de um milhão de reais.

Reunião

Marcada por empresários, vereadores e líderes comunitários da região, a reunião quase não aconteceu devido à intensa chuva, pela manhã. Mas no intervalo entre uma pancada e outra, os empresários e diretores chegaram ao local. Além de Alberto Moita, presidente da RodoNorte, compareceram Claudio Soares, diretor, Elvio Torres, gestor de atendimento, Plinio Vivan, gestor de faixa de domínio, Fábio Bortoto, engenheiro responsável pelas obras do contorno, empresários locais, dente os quais Antonio Girardi, presidente da Germer Porcelanas.

Alberto Moita mostrou, aos empresários e vereadores, o projeto da Sig Combibloc para a implantação do acesso, que, segundo ele, deverá ser construído rapidamente, tão logo os moradores da faixa de domínio sejam removidos do local. “Não dá para iniciar as obras sem que a área esteja disponível”, explicou. O projeto mostra cerca de sete residências que estão no local onde a pista deverá ser construída e mais 15, às margens, muito próximas de onde será construída a pista.

Passarela

O presidente da Germer, Antonio Girardi, chamou a atenção para a necessidade de construção de uma passarela, no local, alem da pista de acesso à rodovia. “Temos mais de 500 funcionários só na Germer, que todos os dias cruzam a pista, a maioria a pé ou de bicicleta. Quando a nova pista for liberada, vai ficar muito difícil essa travessia. Temo pela possibilidade de acidentes”, disse ele, visivelmente preocupado com o assunto. Outro empresário disse que aquele caminho (hoje Adhemar de Barros), “existe há mais de 100 anos, quando a rodovia nem existia, e que todos os dias mais de mil pessoas, inclusive crianças e idosos, precisam cruzar a pista da BR-277. São crianças que vão e voltam da escola, creche e adultos que vão ao trabalho ou ao posto de saúde. A passarela é uma necessidade”, explicou

O presidente da RodoNorte, Alberto Moita, disse que infelizmente não há previsão de construção de uma passarela naquele local, e que uma obra dessa natureza pode custar cerca de um milhão de reais. Segundo ele, para que a RodoNorte realize esta obra, seria necessário uma modificação no contrato, que só o Governo do Estado pode decidir.

Apertados pelo horário e pela chuva, parte dos participantes da reunião resolveram ir ao gabinete do prefeito Affonso Guimarães, para levar a ele a urgência de uma solução para o problema, com a possibilidade da remoção das famílias, através do Aluguel Social.