15/05/2014
Novo smart da Motorola eleva patamar de 'baixo custo'
15/05/2014
Fonte:Techtudo.com.br
Foto:Allan Melo/ TechTudo
Moto E chega às lojas brasileiras nesta quarta-feira (14), em duas versões: uma dual chip, a R$ 529, e outra dual chip com TV Digital, a R$ 599. A proposta é que ele seja uma opção sedutora de primeiro smartphone para muita gente, oferecendo qualidade, estilo e boa experiência de uso. Porém, com tais configurações, será que vale mesmo a pena investir no novo smart?
A comparação com o modelo "irmão" Moto G é inevitável. Além da pouca diferença no preço (R$ 50 entre o modelo E mais caro e o G mais barato), o design de seu corpo é muito parecido. A tela frontal de ambos não possui botões físicos, e os botões de bloqueio de tela e volume também ficam nas laterais. Além disso, a capinha traseira é destacável, para personaliza-lo com a cor e estilo que preferir.
O Moto E, entretanto, tem uma tela menor, mas longe de ser considerada pior: seu display de 4.3 polegadas é um dos maiores entre os smarts desta faixa de preço. Além disso, ela é protegida com vidro Gorila Glass e proteção contra respingos (útil para dias de chuva), mas o vidro é bem reflexivo a fontes de luz como o sol.
Por outro lado, sua visibilidade não é prejudicada por isso. O fato de o display ter um ótimo brilho e um tratamento especial para ampliar sua visibilidade quando usado de lado, por exemplo, aliviam este desconforto do reflexo. E com 256 pixels por polegada, ele tem a melhor resolução da categoria, chegando perto de smarts top de linha de tempos atrás.
Ainda na frente, é interessante ver o alto falante nesta posição, e isso até faz sentido: fica bem mais fácil ouvir a programação da TV, ou conversar no viva voz, com o som sendo jogando pra frente, e não para trás. Para reduzir o ruído ambiente, ainda, há um microfone no topo do telefone.
Por falar em assistir à TV, o Moto E vem com uma antena para ampliar a captura do sinal, que, assim como o Razr D1 com TV, é conectada no fone de ouvido; e ele tem alguns truques. A primeira é que se o local que você estiver possuir um bom sinal, ele é dispensável.
Depois, se você optar por acopla-lo, pode conectar o fone de ouvido na outra ponta ou ouvir o som da TV pelo alto falante. Ainda assim, o próprio fone pode ser usado como antena. Porém, vale ressaltar: a qualidade do som deles é bem precária.
Tanta vantagem em um smartphone, entretanto, tem o seu preço: a sua câmera de 5 megapixels não faz milagre, mas é suficiente para fotos comuns, sem grandes exigências. Fotos noturnas? Esqueça: ele nem tem flash. E nem perca tempo procurando o sensor frontal para videochamadas. Selfies, só com a câmera traseira virada.
Por outro lado, o Moto E tem muito potencial para agradar quem critica os smarts por suas baterias. Por razões óbvias não pudemos testá-la, mas uma conversa informal com executivos revelou que ele aguenta um dia intenso de uso até a noite, ou até a hora de dormir com uso moderado. Pudera: o processador Snapdragon 200 consome poucos recursos da sua bateria gigante de 1.950 mAh, maior que a do iPhone mais moderno.
No sistema, assim como os lançamentos mais recentes, o Moto E tem um Android limpo, com poucas modificações. As pequenas melhorias da Motorola, ainda, podem ser rapidamente atualizadas pela loja Google Play, não dependendo de operadoras ou grandes ajustes no sistema. Por tal estratégia, inclusive, a empresa consegue efetivamente implementar atualizações e correções com mais rapidez que o próprio Google, criador do sistema.
Dentre os poucos recursos exclusivos, o modo alerta é um que definitivamente chama atenção. Ele pode ser acionado pelo botão de desbloqueio a qualquer momento, avisando algum familiar sobre a localização da pessoa (ideal para casos inesperados de saúde ou idosos perdidos na rua, por exemplo).
Outro recursos muito legal é a chamada inteligente, que detecta automaticamente a operadora do número que você pretende ligar e te sugere o melhor chip, que menos vai te fazer gastar dinheiro, para efetuar a ligação. Ele pode ser completamente personalizado, atuando ativamente ou manualmente a cada chamada ou em determinados contatos.
Com apenas 4 GB de memória interna, o Moto E não é lá uma máquina. Roda todos os jogos casuais muito bem, além de rodar os apps mais famosos com uma ótima performance. E a entrada microSD, capaz de receber cartões de até 32 GB, pode dar uma boa aliviada para guardar músicas, fotos e vídeos.
Com tal combinação, é perceptível que o Moto E se faz de "baratinho", mas é um smartphone intermediário da geração passada. A diferença é que tais configurações agora invadem o terreno dos telefones de entrada, elevando o patamar da categoria com uma performance digna, decente. O diferencial perante os mais antigos, entretanto, é o Android mais novo, limpo, leve e que de fato será atualizado. Ótima aposta, Motorola!