09/05/2014
Empresa mantém linha do Cerne apesar do prejuízo de R$ 15 mil/mês
09/05/2014
Por:Luis Augusto Cabral
Já está operando novamente a linha de ônibus Cerne/Curitiba, interrompida no dia seis de fevereiro quando o ônibus da empresa São Braz, de Curitiba, foi incendiado pelo motorista e pela cobradora em Campo Magro. O gerente Operacional da empresa, Mariano Lucke, disse que a demora para repor o ônibus foi devido ao custo, um ônibus novo custa mais de R$ 300 mil, a solução foi conseguir outro veículo, usado, para reiniciar a linha.
Mariano explica que a linha Cerne/Curitiba é deficitária, e junto com a linha Terra Boa, tem um custo médio mensal de R$ 40, 50 mil, e um retorno de R$ 30, 35 mil, gerando prejuízo média de R$ 15 mil/mês. “É uma linha que nós mantemos por questão social. Ela já existe desde a década de 80.
Quando eu entrei na empresa em 87, ela já existia”, explica, adiantando que as linhas da região percorrem uma média de 600 quilômetros/dia, tem cinco funcionários e, só para exemplificar, o custo de um motorista é de aproximadamente R$ 4 mil/mês. “Mas o custo maior é com o óleo Diesel e com a manutenção dos veículos”, disse Mariano.
A linha Cerne/Curitiba serve, principalmente, para os trabalhadores residentes naquela região de Bateias. Na sua maioria são trabalhadoras domésticas que vão para Curitiba, no horário das sete da manhã e retornam às 17h30min. Já há um movimento político no sentido de levar à Prefeitura Municipal e ao Governo do Estado a reivindicação dos moradores para que o Governo assuma algum tipo de subsídio, para que a linha não seja extinta.
O vereador campo-larguense Joslei Andrade, da região, está preocupado com a situação dos moradores. Ele foi um dos que esteve com eles, nas reivindicações pelo retorno da linha, no mês passado, e defende a manutenção da linha, que beneficia muitas famílias.