05/05/2014

Fonte:G1.com

Foto:Reprodução/RBS TV

O empresário e triatleta André Freitas, de 44 anos, é um dos sobreviventes da avalanche que ocorreu no Everest, montanha mais alta do mundo, há cerca de duas semanas. Natural de Criciúma, cidade do Sul de Santa Catarina, ele conta que sobreviveu por acaso da tragédia que matou 16 pessoas na Ásia.

"Uma das nossas equipes se atrasou entre um acampamento e outro. Então tivemos que esperar por um dia este pessoal chegar, e foi neste dia que o acidente aconteceu. Se esta equipe não tivesse se atrasado, nós estaríamos no local do acidente quando aconteceu uma avalanche. Neste caso, não tem muito o que fazer. A neve desce a 200km/h. Não dá para saber o que pode acontecer", explica.

Na avalanche do dia 18 de abril, as 16 vítimas fatais eram guias sherpas, que são nepaleses que preparam as rotas de escalada e levam a maior parte do equipamento. "O clima ficou pesado. Era muito triste. Tentamos falar com algumas pessoas, mas estavam todos em estado de choque", lembra.

Do acampamento onde estava, o catarinense viu os corpos sendo levados para a base. Em vídeo, o catarinense registrou uma cerimônia em homenagem às vítimas.

Expedição
A tragédia interrompeu a expedição que duraria 2 meses. Metade desse tempo já havia passado e André já tinha vencido o que até então parecia mais difícil: a capacidade do corpo se adaptar à altitude, ao frio e às escaladas.

"Ir para o Everest é uma lição de humildade, você se sente pequeno em relação a natureza e ao universo. Se ano que vem a montanha estiver aberta, eu estarei lá de volta. Quero ser o primeiro catarinense a chegar no topo do Everest", conta. Até hoje, quatro mil alpinistas já chegaram aos mais de 8800 metros de altitude - o pico do Everest.