26/04/2014

Por:Danielli Artigas de Oliveira

A expectativa do Fanático F.C. para este domingo (27) é de fazer uma boa partida. O clube teve que contratar novos jogadores desde o início da Taça Paraná e nesta sexta-feira (25) ainda chegará um novo jogador, que já atuou profissionalmente. O Internacional já está jogando com o mesmo time há três anos e os jogadores do Fanático ainda precisam de melhor entrosamento, mas darão o melhor para o clássico Interfan.

Braz Bianco, presidente do Fanático pelo quarto ano consecutivo e que desde 2006 faz parte da diretoria do clube, diz que já é uma grande conquista ter o time montado e disputando o campeonato. Segundo ele, o Fanático tentou ser um time profissional, o que resultou em uma dívida de mais de R$ 1 milhão, em meados de 2004. “O estádio estava indo a leilão e em 2006 fomos atrás para conseguir levantar o clube. Quem acompanhou viu a situação de abandono, o campo era um matagal”, relata.

Em 2008 tentaram voltar a jogar, mas não ganharam nenhuma competição. Em 2010 conquistaram a Taça Cidade e então voltaram para o Campolarguense e para a Taça Paraná. Atualmente metade do time é formado por jogadores da cidade e metade são ex-jogadores profissionais. “Aceitei o desafio e hoje estamos bem estruturados. Hoje é uma conquista porque não temos mais dívidas, temos crédito novamente na cidade. Faço as coisas com o pé no chão”, completa.

Atualmente o clube tem renda com a locação de quadras de grama sintética, além da ajuda dos torcedores e da diretoria. Braz lembra que a intenção era se reestruturar para começar a competir em 2014, mas já no ano passado acabaram disputando e venceram o Campolarguense, mesmo sem estrutura. Agora estão se estruturando para poder competir com melhores condições nos próximos campeonatos.

“A torcida está voltando. Nos primeiros jogos em 2008 não se via ninguém no estádio porque os torcedores estavam desacreditados. Agora estamos voltando e domingo teremos a resposta se eles estão confiantes e esperamos que todos compareçam”, enfatiza. O estádio comporta até cinco mil pessoas, sendo 800 sentadas. “A rivalidade é grande, quando lembro do jogo já dá um frio na barriga. É um clássico e em clássico sempre tem rivalidade”, fala.

Braz conta que jogou no Internacional e trabalhou no clube por dez anos. “Era meu time do coração, mas eu operei o coração e já aproveitei pra mudar o time e passei a torcer pro Fanático”, brinca ele.