25/04/2014
Após quase dois anos de trabalho, que envolveu mais de 400 pessoas, o projeto Campo Largo 2030 entra em sua fase de execução. No próximo dia 29, terça-feira, um livro com 150 páginas, que resume todo o trabalho capitaneado pela Associação Comercial e Industrial de Campo Largo e pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico de Campo Largo – Comude, será oficialmente entregue às autoridades e à população em geral. O evento será realizado na Câmara Municipal, a partir das 19h30min.
Durante esses dois anos, técnicos e políticos, junto com a população em geral, elaboraram um estudo detalhado da situação atual do Município, em todas as áreas, e elegeram as ações necessárias para a solução dos principais problemas a serem enfrentados nos próximos 16 anos. A questão ambiental, a mobilidade, saúde e a segurança pública são alguns dos itens que mais chamaram a atenção dos cérebros que se dedicaram à elaboração do estudo. Começa, agora, a correr o tempo para a execução e a transformação da Campo Largo de 2014 para a Campo Largo de 2030.
Ações
O projeto analisa, por exemplo, a situação atual da estrutura viária do Município, “que necessita de muita atenção. No Centro, as ruas estreitas, o número de lombadas, a falta de sincronia dos semáforos e a localização dos pontos de ônibus dificultam a fluidez do trânsito, assim como os vários cruzamentos com pouca visibilidade também dificultam a ocorrência de acidentes”. Esse é um pequeno trecho do trabalho, que mostra o nível do detalhe estudado no projeto.
Campo Largo possui, hoje, 1,9 habitante por veículo, “não possui um Instituto de Planejamento Municipal, não oferece integração modal, principalmente entre automóveis, ônibus e bicicletas, devido à carência de infraestrutura”. O estudo propõe o combate à cultura do transporte individual, meios de transportes não poluentes, dentre outras possibilidades. As propostas de ações têm três etapas, de curto prazo, até 2016, de médio prazo, até 2022 e de longo prazo, 2030.
Juliano Bregolli, um dos profissionais que participou ativamente do estudo, em entrevista à Folha de Campo Largo disse que o desafio, agora, é pôr em prática as ideias, uma vez que está consolidado o que o Município quer, onde quer chegar e como chegar em 2030. Além de ações visando a preservação dos nossos recursos naturais, a mudança da matriz energética, saneamento básico, a Segurança Pública, com utilização de tecnologia de ponta e monitoramento em tempo real, o projeto propõe ações nas áreas da Educação, com escolas em tempo integral, e na Saúde, com oferta universal desse serviço a todos os cidadãos, com maior eficiência.
O projeto, segundo Juliano, não é fechado, há espaço para reestudo, revisão, adequação, e isso pode ser feito no curso desses 16 anos. É possível, por exemplo, projetar hoje, uma revisão em 2020.
Segundo ele, o Campo Largo 2030 não se limita ao ano de 2030, mas projeta um futuro mais distante, como 2050 e 2100. O desafio que se coloca, hoje, é que a cidade, com todos os seus dirigentes, além de políticos, empresários e a população em geral, têm em mãos um diagnóstico da situação atual e as indicações do que deve ser feito para que cheguemos em 2030 melhor do que estamos agora.
O projeto destaca, também, alguns “sonhos” dos campo-larguenses para 2030. Dentre esses, alguns estão no livro, como o de um cidadão anônimo que quer, apenas, “creche para todas as crianças e educação adequada para todos”. Outro, também anônimo, quer “criminalidade zero, uma cidade sem violência”, ou, outro, que pretende a “criação de opções de lazer, com condições adequadas à prática de esportes para a população”. O estudo, segundo Juliano, em resumo, “propõe a renovação do compromisso da sociedade civil e dos políticos, com o futuro da cidade”.