09/04/2014
Centro Médico relata atendimento e tentativa de encaminhamento de bebê
09/04/2014
Fonte:Depcom/PMCL
O Centro Médico Hospitalar (CMH) de Campo Largo recebeu um bebê em estado grave na noite do dia 27 de março e efetuou diversas tentativas de encaminhamento para hospitais da região que possuem Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI), mas não obteve resposta em tempo. Em poucas horas, a menina de apenas oito dias, que não é campolarguense e apenas visitava a cidade com a mãe, não resistiu ao quadro e faleceu.
Atendimento no CMH
O Centro Médico é uma unidade municipal, coordenada pela Prefeitura de Campo Largo, que realiza pronto atendimento, mais conhecido como “pronto-socorro”. Equipamentos de saúde nesse formato não possuem UTI, mas realizam um primeiro atendimento e, então, encaminham os casos mais graves para hospitais com a estrutura de terapia intensiva.
Esse foi o caso do bebê, que é de Jaguariaíva (PR) e passou mal enquanto visitava amigos da família em Campo Largo. Às 22h45 do dia 27 de março, o Centro Médico cadastrou o nome da criança na Central de Leitos do Estado do Paraná, mecanismo que busca automaticamente vagas em hospitais da região.
Enquanto esperavam por resposta, para tentar uma transferência imediata do bebê que apresentava evolução negativa do quadro, os funcionários fizeram contato direto com o Hospital Infantil de Campo Largo, que é de responsabilidade do Governo do Estado do Paraná.
A resposta do Hospital
O Hospital do estado é vizinho do CMH e recebe diariamente pacientes encaminhados pelo município. Porém, no caso específico do bebê de Jaguariaíva, a resposta da médica plantonista foi que não havia vagas de UTI disponíveis naquela noite.
No relatório da supervisão de enfermagem do próprio Hospital Infantil consta uma informação diferente: algumas vagas disponíveis na UTI neonatal na noite do dia 27 de março.
Não há uma resposta oficial do Hospital Infantil direcionada à Prefeitura para justificar o porquê, então, da negativa em fornecer um leito.
A informação que se tem até agora é que a Secretaria de Saúde do Governo do Estado do Paraná, que responde pelo Hospital e tem sede em Curitiba, está abrindo sindicância para apurar o caso.
Vaga no Hospital do Rocio
Mesmo com a negativa, o Centro Médico continuou procurando vagas para a menina em outros hospitais. Perto de 1h da madrugada, um leito foi ofertado pelo Hospital do Rocio. Porém, a criança havia falecido há poucos minutos.
O município fez todo o possível para conseguir um encaminhamento do bebê o mais rápido possível, enquanto o tratava no Centro Médico com todos os equipamentos disponíveis. No entanto, segundo a equipe de saúde do CMH, o caso evoluiu rapidamente, chegando a óbito em um curto período de tempo.
De acordo com o Centro Médico, não é possível afirmar se um atendimento imediato em UTI poderia salvar ou não a vida da criança, devido à gravidade do quadro.
Da mesma forma, como o Hospital Infantil é de responsabilidade exclusiva do estado, o município não possui informações sobre a atual greve dos funcionários estaduais e se há alguma relação com o ocorrido.