04/04/2014

Cirurgiões-dentistas de Campo Largo entraram em greve nesta quinta-feira (3). Na quarta-feira pela manhã, os 25 profissionais já haviam paralisado as atividades e protestado na Praça Getúlio Vargas, no centro da cidade.

Em reunião com presença dos secretários da Saúde, Alexandre Xavier, de Finanças, Ivo Cezar Norberto, e de Governo, Alexandre Guimarães, foi sinalizada a possibilidade de atender a uma das demandas dos trabalhadores, referente a gratificação de R$ 900 do exercício do Programa Saúde da Família (PSF). Além disso, seria firmado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre o Sindicato dos Odontologistas do Estado do Paraná (Soepar) e a prefeitura, a fim de retomar as discussões em janeiro de 2015 e rever as solicitações. No entanto, o órgão municipal informou que o prefeito não aprovou a decisão e a Prefeitura poderia conceder somente R$ 300 de gratificação. Diante da resposta, os servidores optaram por paralisar os serviços até que as negociações avancem. Os profissionais realizaram outro protesto nesta quinta-feira em frente ao gabinete da prefeitura. Segundo o Soepar, foram observados todos os trâmites legais para que a greve tivesse início.

Reivindicações
As reivindicações incluem cinco itens. O primeiro é o reajuste do salário-base dos cirurgiões-dentistas para R$ 6.312,87 entre dentistas de 40h semanais, e para R$ 3.156,58 para trabalhadores de 20h semanais. Há também outras quatro demandas: ajuste de insalubridade calculada sobre o salário base de cada funcionário, além de periculosidade por exposição à radiação para dentistas que realizam exame RX; adequação no valor da função gratificada por exercício do Programa Saúde da Família (PSF) para R$ 900; vale-alimentação e auxílio combustível; além do pagamento de reivindicações retroativas ao início do processo.

Prefeitura
A Secretaria Municipal de Finanças e Orçamento analisou o pedido da categoria dos odontologistas e concederá o reajuste previsto para todos os servidores municipais estatutários: 8%, já a partir de abril.
A medida está sendo tomada para não ultrapassar o limite permitido para gasto com pessoal: 51,3% da receita municipal. De acordo com a Secretaria de Finanças e Orçamento, depois de fechada a receita de 2014, a Prefeitura fará nova negociação com a categoria.