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Logística Reversa

01/04/2014

Indústrias de móveis e madeira apresentam Plano de Logística Reversa de Resíduos Sólidos

Logística Reversa

01/04/2014

Fonte:Depcom/PMCL

Indústrias de móveis e madeira apresentaram um Plano de Logística Reversa de Resíduos Sólidos durante a reunião do Grupo R20, que aconteceu no último dia 25. Os empresários se comprometeram oficialmente com a coleta e destinação adequada dos resíduos gerados pelo setor. O Grupo R20, composto por municípios de 20 regiões do estado do Paraná que trabalham juntos pela implementação do Plano Estadual de Resíduos Sólidos e pelo fim dos lixões, considerou a iniciativa da indústria um grande avanço na luta que tem sido travada por soluções para os diferentes tipos de resíduos.

O documento apresentado pelos representantes das indústrias descreve tanto programas e ações como prazos e metas para efetivar a logística reversa em todas as empresas do setor. O objetivo é estabelecer a prática de recolher os resíduos e restituí-los ao meio empresarial, seja para reaproveitamento ou outra destinação ambientalmente adequada. Ou seja, a responsabilidade da coleta e da destinação final é das empresas, que possuem recursos para essa tarefa, e não do consumidor – atitude já prevista no Plano Estadual de Resíduos Sólidos, mas que ainda não é adotada por muitos empresários de diversos setores.

Outras pautas

Pneus inservíveis também fizeram parte da pauta da reunião. Os fabricantes apresentaram avanços do programa de coleta e destinação já em execução, mas foi designada aos municípios a tarefa de verificar formas para expandir o sistema em cada região.

Também compareceram ao encontro fabricantes de medicamentos, que se comprometera a apresentar, até abril, uma proposta para logística reversa dos medicamentos em desuso.

Campo Largo

Campo Largo já possui programas de logística reversa em funcionamento, sendo exemplo para muitos municípios. No município, os pneus inservíveis, por exemplo, podem ser devolvidos em borracharias e revendas, que os encaminham para um barracão bancado pelo próprio fabricante, que se encarrega de destinar o material a uma indústria de cimento. Lá, os resíduos viram fonte de energia.

Por meio do Programa Jogue Limpo, também é possível devolver embalagens de óleo de motor a postos e revendas. Os fabricantes se responsabilizam por coletar os resíduos nesses locais e encaminhar para uma destinação adequada.

“Atualmente, aquele antigo pensamento de que tudo é responsabilidade do poder público deve ser substituído pela responsabilidade compartilhada. A Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê que cada ator do processo – fabricantes, distribuidores, comerciantes, consumidores e poder público – têm que exercer seu papel. Esse trabalho conjunto é o que produz mais resultados”, ressalta o secretário municipal de Meio Ambiente, Marcos Reinaldim, que representa Campo Largo no Grupo R20.

Sobre o R20

O R20 é um grupo de trabalho instituído pelo Decreto Estadual nº 8656 de 31 de julho de 2013 e que reúne municípios de 20 regiões, definidas pelo Plano Estadual de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.

São os 86 municípios, entre eles Campo Largo, que mais geram resíduos – cerca de 90% da geração no Estado. Unidos, os representantes buscam soluções para que resíduos potencialmente recicláveis deixem de ser dispostos em lixões e aterros sanitários e retornem à cadeia produtiva como matéria prima.

A criação do R20, que faz parte do programa Paraná Sem Lixões, também pretende ajudar as cidades a convocar as indústrias para cumprirem seu papel. Além disso, o grupo busca levantar informações e encontrar as principais causas dos problemas de destinação e as áreas nas quais os municípios podem atuar diretamente.

As reuniões do Grupo acontecem periodicamente, conforme convocação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.