28/03/2014
Poderes Executivo e Legislativo discutem situação da UPA
28/03/2014
O prefeito de Campo Largo, Affonso Portugal Guimarães, recebeu os vereadores Josley de Andrade, Sueli Guarnieri e Cléa Oliveira para discutir a construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que foi objeto de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal. Também participou da reunião o secretário municipal de Saúde, Alexandre Xavier.
“Nós herdamos uma obra de milhões, cheia de indícios de irregularidades. Uma herança maldita, que temos lutado já há bastante tempo para buscar soluções, tanto aqui na Prefeitura como na Câmara de Vereadores. Precisamos de projetos práticos. A UPA tem que estar funcionando nesse ano”, afirmou o prefeito.
A vereadora Cléa Oliveira, que presidiu a CPI na Câmara, explicou que o relatório final da CPI da UPA já foi entregue ao Ministério Público (MP), mas ainda não houve retorno oficial. “Ainda aguardamos o retorno do órgão, mas estamos nos reunindo porque queremos encontrar alternativas o quanto antes. O prazo para entrega da unidade termina já em setembro”, ressaltou a vereadora.
Outras reuniões serão feitas entre os poderes legislativo e executivo para concluir um plano de ação. O objetivo é, ao mesmo tempo em que as irregularidades são tratadas em todas as esferas, um projeto de adequação da obra seja executado para terminar a construção.
Caso UPA
A construção da UPA iniciou em 2009 e foi dada como concluída no final de 2012, com um investimento de quase R$ 2 milhões. Com a entrada das gestões executiva e legislativa em 2013, análises detectaram que a obra não tinha sido concluída da forma acordada e ainda precisaria de uma série de ajustes.
Com a CPI instaurada, a Prefeitura levantou os documentos necessários e atendeu às solicitações da Câmara para contribuir com a investigação. Foram encontraram inconsistências como dilação excessiva do prazo (que inicialmente seria de 240 dias, mas durou mais de 800), medições e notas fiscais pagas de serviços não terminados e não conclusão geral da obra. Com o relatório detalhado em mãos, o MP agora deve se pronunciar sobre as providências que serão tomadas.
Prefeitura e Câmara trabalham juntas para traçar estratégias e levantar alternativas para que a obra seja entregue antes do final do ano, com todas as correções necessárias.