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Centro de Letras de Campo Largo recebe o escritor Guido Viaro em Noite Cultural

Centro de Letras de Campo Largo recebe  o escritor Guido Viaro em Noite Cultural

21/03/2014

O Centro de Letras promoveu uma Noite Cultural com o escritor curitibano Guido Viaro, na Casa da Cultura, com o tema “O Poder Modificador da Literatura”. O evento, que teve como mediadora a apresentadora da Rádio Ágape Chris Minuzzo e foi presidido pela escritora Alice Gödke, lotou o espaço  com presença de estudantes, professores e comunidade, na noite desta terça-feira (18). A Noite Cultural foi aberta com a beleza e o encanto das músicas do Coral Canarinhos de Campo Largo sob a batuta do maestro Théo de Petrus.

Organizado pelo Centro de Letras, o evento contou com total apoio do Departamento de Cultura do município e de sua diretora, Gladis Chemim, e com o trabalho e dedicação de Adriano L. Santos, que fez o convite ao escritor e não mediu esforços para trazê-lo à cidade. A apresentadora Chris Minuzzo, que também é escritora e membro da Academia Campolarguense de Poesia, entrevistou o escritor dias antes do encontro, em seu Programa Em Boa Companhia, onde este contou aos ouvintes sobre sua paixão pela literatura e a importância da mesma em nossas vidas.

O escritor contou ao público presente na Casa da Cultura sua interessante história: de nome homônimo de seu avô, Guido é neto do pintor ítalo-brasileiro Guido Viaro, que formou gerações de paranaenses em seu atelier de artes plásticas e foi um dos nomes mais importantes da pintura paranaense a partir dos anos 1940. Guido, o neto, nascido em 1968, é formado em Letras e tem uma interessante história de vida e envolvimento nas artes que o levaram a buscar explicações, reflexões sobre a vida e a se expressar através da literatura. Depois de viajar pelos cinco continentes, encontrou na literatura e no cinema – Guido também é cineasta - a oportunidade de poder dar sua interpretação de mundo através de suas palavras, pensamentos e estórias. Escreveu 11 livros: “O Quarto do Universo”, “Glória”, “A Mulher que cai”, “A praça do diabo divino”, “Embaixo das velhas estrelas”, “No zoológico de Berlim”, “Flores Coloridas”, “A Floresta simbólica”, “O Livro do Medo”, “A revelação frutosa” e “Confissões da Condessa Beatriz de Dia”, e desde o ano passado ocupa a cadeira de número 14 na Academia Paranaense de Letras (APL).

Guido respondeu às inúmeras perguntas do público, e entre elas, várias inquietações de educadores sobre como fazer, no mundo tão tecnológico de hoje, os jovens se interessarem pela literatura, onde o escritor respondeu que “as pessoas precisam descobrir, acima de tudo, o prazer de ler. As escolas e as famílias devem despertar esta curiosidade, esta vontade, e não como obrigação. Se isto não funciona, é preciso buscar novos caminhos pedagógicos para que este encontro fundamental aconteça e as pessoas descubram o grande poder modificador da literatura em suas vidas”.

Em entrevista a Chris Minuzzo, o escritor afirmou, quando questionado sobre sua forma de expressão através da literatura e cinema: “Não vejo a literatura como um fim. Sou uma pessoa que acredita em suas ideias e acha importante contá-las ao mundo, mesmo que apenas uma em cada milhão de pessoas esteja disposta a ouvi-las. Escrevo histórias de ficção que estão repletas das coisas em que acredito. Não quero ser um doutrinador e nem ter seguidores, essas ideias não são minhas e já foram ditas por muitas pessoas ao longo dos séculos de diversas maneiras. Quero ajudar, ser um instrumento de mudança que não espera e nem acredita em recompensas.”

O escritor, que já doou livros para mais de 1000 bibliotecas brasileiras, deixou dezenas de exemplares para a Biblioteca Pública Municipal. Seus livros também encontram-se abertos para download no site www.guidoviaro.com.br.