19/03/2014
Redução da produtividade causa queda no emprego industrial do PR
19/03/2014
Fonte:G1.com
Foto:Gilson Abreu / Aen / Divulgação
O índice de pessoas empregadas na indústria paranaense despencou 2,3% no mês de janeiro de 2014, em relação a janeiro de 2013, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento faz parte da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada nesta terça-feira (18).
Os números refletem o fraco desempenho da indústria do estado no mês. Conforme a Pesquisa Industrial Mensal Regional - Produção Física (PIM-PF), também do IBGE, o ritmo de produção em janeiro caiu 4,6%, na comparação com dezembro de 2013. O motivo apontado pelo IBGE é que os empresários acabaram ficando com estoques acumulados no fim do ano, causando o problema.
Voltando ao emprego, observa-se na Pimes que o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria paranaense também apresentou queda de 3,6%, na comparação com janeiro de 2013. Apesar disso, a folha de pagamento real, ou seja, os salários pagos aos trabalhadores tiveram alta de 5,5%, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os dados mostram, na prática, que a indústria paranaense está produzindo menos, com custos de mão de obra mais altos. Embora os estoques precisem ser desovados – o que em tese reduziria o preço dos produtos ao consumidor final -, os novos produtos saem das fábricas a preços maiores, equilibrando a balança econômica da indústria, com pouca influência direta nos valores finais.
No acumulado dos últimos 12 meses, o emprego na indústria do Paraná também aponta recuo de 0,3%, quando comparado aos 12 meses anteriores a essa análise. O mesmo acontece com o número de horas pagas aos trabalhadores, que caiu 1,2% nesse período e foi o sétimo pior resultado em todo o país.
Na folha de pagamento, os últimos 12 meses apresentou alta de 1,2%. Apesar dos números negativos para os empresários em relação ao emprego, no mesmo período, a PIM-PF apontou que a produção industrial teve alta de 5,4%. Os setores que mais contribuíram para essa alta foram os de veículos automotores, máquinas e equipamentos, minerais não-metálicos, máquinas e aparelhos e materiais elétricos e madeira.