18/03/2014
A partir desta terça-feira (18) apenas 30% dos servidores públicos do Hospital Infantil estão trabalhando. Eles ficarão em greve até conseguirem negociação com o Governo do Estad
18/03/2014
A partir desta terça-feira (18) apenas 30% dos servidores públicos do Hospital Infantil estão trabalhando. Eles ficarão em greve até conseguirem negociação com o Governo do Estado que atenda as reivindicações.
De acordo com um dos líderes do movimento, o enfermeiro e diretor do SindSaúde Giordano Oliveira, os trabalhadores são contra a Fundação Estatal em Saúde (Funeas), criada pelo governo do Paraná para fazer a administração de parte dos serviços de saúde oferecidos pelo Estado, o que eles entendem como privatização. Entre as reivindicações, Giordano comenta que há três anos tentam negociar o Plano de Carreira, lutam por 30 horas semanais de trabalho (atualmente são 40h), querem 30% de reajuste e incorporação da gratificação no salário.
Nesta manhã cerca de 90 pessoas participaram da manifestação em frente ao Hospital Infantil e tentarão fazer manifestação durante todo o dia, todos os dias, até que aconteça uma negociação. Giordano afirmou que está sendo dada atenção necessária aos pacientes, principalmente em UTI, centro cirúrgico e PS, com 30% dos servidores trabalhando.
Assista Giordano Oliveira, diretor do SindSaúde, explica greve dos servidores no Hospital Infantil
Assista Servidores do Hospital Infantil estão em greve e fazem reivindicações
A pauta
A pauta de reivindicações dos servidores da saúde possui 14 itens. O número um é a defesa da saúde pública. Para os trabalhadores, a aprovação do Projeto 726, que transfere a gestão da Secretaria de Saúde a uma fundação privada, fere a Constituição e é um golpe contra os direitos dos servidores públicos.
Seguem os 14 itens:
1. contra a terceirização e privatização da saúde pública e dos serviços públicos.
2. reajuste e incorporação da Gas
3. reajuste da data-base mais aumento real
4. aprovação e implementação do Pccv com 30 horas
5. Pagamento das promoções e progressões atrasadas
6. defesa da Paraná Previdência e implantação da aposentadoria especial
7. luta pelo reenquadramento
8. revisão do cálculo da hora extra
9. regras do estágio probatório
10. ampliação do auxílio transporte
11. alteração da lei do vale alimentação
12. revisão do decreto que rege o pagamento de diárias
13. aprovação e implementação do Projeto de lei sobre saúde do trabalhador
14. realização de concurso público para ingresso no estado
Estado
Os 10 mil servidores estaduais da saúde de todo estado engrossam o movimento de paralisação que já acontece em vários outros setores do governo, a exemplo dos professores e do pessoal da Agricultura e Meio Ambiente, que também tem greve marcada a partir do dia 19.
Na quarta-feira, inclusive, acontece uma grande passeata dos trabalhadores em greve. A concentração está marcada para as 9 horas na Praça Santos Andrade, em Curitiba, com destino ao Palácio Iguaçu, onde às 9h30 os dirigentes sindicais terão uma reunião com representantes da Secretaria Estadual de Administração e Previdência (Seap).
A greve deve atingir quase que a totalidade das unidades próprias da Secretaria de Saúde (Sesa). Dezenas de unidades terão o funcionamento afetado em todo estado. O SindSaúde - PR - Sindicato dos Servidores Estaduais da Saúde - está tomando todas as precauções para que o mínimo de 30% dos serviços siga normalmente durante a greve e para que os serviços de emergência tenham o menor impacto possível.
Alguns locais onde a greve também deve comprometer o atendimento: Hospital Regional do Litoral - HRL - em Paranaguá, Hospital do Trabalhador - HT - em Curitiba, HURCG, em Ponta Grossa, Huop, em Cascavel, Hospital Regional do Sudoeste - HRS -, em Francisco Beltrão, HZN e HZS, em Londrina, entre outros.