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Policial

Cadeião fica vazio após rebelião

15/03/2014

A rebelião que teve início no domingo (09) e com algumas ameaças na segunda e terça-feira, resultou na transferência de todos os presos do Cadeião de Campo Largo.

Cadeião fica vazio  após rebelião

15/03/2014

A rebelião que teve início no domingo (09) e com algumas ameaças na segunda e terça-feira, resultou na transferência de todos os presos do Cadeião de Campo Largo. A situação, que há muito tempo estava insustentável, com 109 presos em uma Cadeia aonde deveria abrigar apenas 30 pessoas, chegou ao seu limite: a revolta dos presos que, unidos, causaram grandes estragos e deixaram a população amedrontada.

O medo foi ainda pior para os moradores que tiveram suas residências invadidas pelos presos, os quais pularam de terreno em terreno tentando a fuga. Uma moradora detalhou para a Folha que contou os presos que pularam em sua propriedade, um deles até usava colete à prova de balas. Deixaram cair celulares e alguns pertences, em umas casas deixaram os rastros de sangue, machucados ao caírem de calhas e de muros altos.

Em Campo Largo, de domingo a terça-feira (11), a maioria das pessoas estava apreensiva, pois sempre um novo acontecimento aumentava a sensação de insegurança. Sem estrutura adequada, não se sabia o que os presos poderiam fazer dentro da Cadeia e até mesmo as equipes policiais ficavam apreensivas, sempre atentas para agirem em uma nova rebelião.

Devido à situação crítica, os presos ficaram sem alimentação e água durante a segunda-feira e terça-feira pela manhã, o que estimulava a revolta dos mesmos, que gritavam e ficavam batendo nas grades. A Polícia Militar precisou dar apoio para que os alimentos fossem entregues. O Cadeião era uma “bomba-relógio” e a população temia o que mais poderia acontecer. O clima era muito tenso, tanto entre os presos quanto entre a equipe policial.

Os presos ficaram mais calmos apenas após conversarem com o secretário municipal de Segurança Juscelino Bayer, pois puderam falar suas reivindicações, na terça-feira. Na segunda-feira (10) foram transferidos 30 presos para o CT2 em Piraquara e os demais foram transferidos na noite de terça-feira, devido ao envolvimento e pedido da Promotoria de Justiça