15/03/2014
Domingo (09), aproximadamente às 22 horas, dois carcereiros e um policial Civil estavam de plantão quando ouviram um barulho
15/03/2014
Domingo (09), aproximadamente às 22 horas, dois carcereiros e um policial Civil estavam de plantão quando ouviram um barulho. Logo já viram os presos chegando na porta de acesso do Cadeião para a sala de entrada, onde fica o sistema de monitoramento das celas. Os agentes carcerários rapidamente saíram, evitando a possibilidade dos detentos terem acesso às armas e de serem tomados como reféns deles. Os carcereiros foram para o pátio da Delegacia e neste momento os presos fecharam a porta do Cadeião.
A rebelião começou quando os presos saíram por um grande buraco que conseguiram abrir em uma cela que dá acesso a uma cela menor, a qual fica na frente do corredor de entrada do Cadeião. Possivelmente há muitos dias vinham destruindo a parede sem que os carcereiros tivessem notado e derrubaram a mesma. Após, arrebentaram os cadeados de algumas celas e atearam fogo na sala de monitoramento das câmeras. Eles tomaram a sala dos carcereiros e tentaram fugir por um buraco feito na cela feminina, mas devido aos ferros na parede não foi possível a fuga. Não obtendo êxito, eles foram na cela ao lado, chamada de “corró” (cela de espera). Ali conseguiram abrir um novo buraco e ter acesso a um terreno vizinho.
Conseguiram fugir 19 presos. Imediatamente a Guarda Municipal e Polícia Militar foram avisadas e fecharam o cerco para evitar que outros viessem a fugir, conseguindo recapturar oito fugitivos nas proximidades – alguns já dentro de residências vizinhas. Equipes do Cope (Centro de Operações Especiais) chegaram na 3ª DRP de Campo Largo e tomaram o controle da Cadeia, que foi bastante destruída.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros também foi chamada para conter o pequeno foco de incêndio na entrada da Cadeia – todo o monitoramento, parte elétrica e telefônica foram destruídos. Em poucos minutos começou uma grande movimentação de equipes policiais na frente da Delegacia e de parentes dos presos que se aglomeraram na esquina entre as ruas Quintino Bocaiúva e Joanin Stroparo, demonstrando preocupação e querendo informações da situação na parte interna da Cadeia.