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Geral

Quaresma

07/03/2014

Católicos recebem cinzas e dão início à “Quaresma”

Quaresma

07/03/2014

“Converta-se enquanto é tempo, pois a vida é curta e passageira. És pó e ao pó voltarás”. Pode ser esse, o resumo dos ensinamentos das solenidades católicas de Quarta-feira de Cinzas quando os católicos iniciam o período da Quaresma, no qual é observada a abstinência de carne e o jejum. Nas missas, os padres lembram aos fiéis esses deveres dos cristãos, nesse período do ano.

Em Campo Largo, em todas a igrejas católicas a Quarta-feira de Cinzas foi celebrada com missas com grande afluência de público. Na Matriz de Nossa Senhora da Piedade, com missas durante quase todo o dia, o cônego Ivanir Leonardi lembrou aos fiéis que esse símbolo serve para a reflexão sobre o dever da conversão, da mudança de vida, se necessário. Lembrou a condição humana, mortal, e no final fez o sinal da crus, na testa de cada um, após ter os dedos mergulhados nas cinzas.

Jejum

Um detalhe importante do início da Quaresma é o jejum, que os católicos devem observar nesse dia, além da abstinência de carne. A maioria dos fiéis deixa a marca das cinzas, na testa, até o final do dia. Durante os próximos 40 dias (sem contar os domingos) ou 46, com os domingos, a Quaresma é um período de recolhimento, de reflexão, de sacrifícios, para os católicos.

Nesta quarta-feira, a Igreja Católica inicia, também, a Campanha da Fraternidade que, esse ano tem como tema: “Fraternidade e Tráfico Humano” e lema: “É para a liberdade que Cristo nos libertou”.
A CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, distribuiu por todo o País farto material da Campanha da Fraternidade 2014. Um cartaz, com mãos acorrentadas, simboliza a Campanha, refletindo a crueldade do tráfico humano. As mãos acorrentadas e estendidas simbolizam a situação de dominação e exploração das vítimas do tráfico e o sentimento de impotência perante os traficantes. A mão que sustenta as correntes representa a força coercitiva do tráfico, que explora vítimas que estão distantes de sua terra, de sua família e de sua gente.

O lema da campanha: “É para a liberdade que Cristo nos libertou”, fecha o cartaz mostrando que o tráfico viola liberdade e a paz, a dignidade e os direitos do ser humano.

Durante as missas, os celebrantes lembram que a maioria das pessoas traficadas é pobre ou está em situação de grande vulnerabilidade. As redes do tráfico se valem desta condição, que facilita o aliciamento com enganosas promessas de vida mais digna. Uma vez nas mãos dos traficantes, mulheres, homens e crianças, adolescentes e jovens são explorados em atividades contra a própria vontade e por meios violentos.

O cônego Ivanir Leonardi lembrou a dor das vítimas do tráfico de seres humanos, e das suas famílias, que ficam de mãos atadas, “acorrentadas”, sem pode reagir, sem poder fazer nada para resolver o problema. “Todos nós devemos nos conscientizar desta luta”, disse ele.