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Geral

João Ricardo

21/02/2014

Acidente doméstico pode transformar-se em tragédia

João Ricardo

21/02/2014

Uma queimadura no fogão, escorregar em um piso molhado, objetos cortantes, perigos diversos aos quais as crianças estão expostas, mordidas de animais, afogamentos em piscina, entre tantos outros acidentes domésticos são registrados diariamente. Até mesmo uma rede de descanso em casa pode trazer inúmeros problemas.

Em um final de semana era a esposa e o sobrinho que brincavam na rede em casa. Na semana seguinte, dia 18 de dezembro de 2013, João Ricardo Fracaro Martins, relator da Junta Comercial em Campo Largo, brincava com seu cachorro nesta mesma rede quando um dos pilares onde ela estava amarrada caiu sobre ele. João conta que primeiro estranhou pois sentou no chão com a rede e nisso viu o pilar caindo devagar em sua direção, conseguiu empurrar um pouco a estrutura, protegendo o rosto, mas mesmo assim pegou em sua perna direita e conseguiu segurá-la, mas caiu raspando as costas para fora da varanda.

Na hora ele já não esticava as pernas e diz que se assustou porque sentia como se um líquido escorresse por dentro das pernas e muita pressão na virilha. Foi levado pelo Samu ao hospital e após passar por exames três dias depois passou por cirurgia por  seis horas. Atualmente está com um parafuso na perna e uma placa com seis parafusos na barriga. Sofreu uma luxação de cinco centímetros na perna, quebrou o acetábulo (estrutura óssea existente no quadril que se articula com a cabeça do fêmur) e fraturou a vértebra L5, a última da região lombar.

Após a cirurgia teve princípio de trombose e os pontos abriram por três vezes, o que fez com que ele tivesse que voltar para o hospital. Devido a muitas dores, fez uma infiltração na coluna e no dia 28 de janeiro começou a melhorar. Mas ainda não consegue andar, precisa se locomover em cadeira de rodas ou com ajuda dos familiares, que têm dado grande apoio. Por um mês precisou de duas pessoas ajudando e se revezavam em esposa, mãe, sogra, irmãos, cunhado, entre outros familiares e amigos.

Agora começou a fazer fisioterapia todos os dias e sente que vai começar a progredir cada vez mais. Os médicos não deram um prazo, mas esperam que em mais ou menos dois meses ele volte a ter os movimentos. Mas João diz que ainda a resposta não é muito positiva quanto a voltar jogar bola, nadar, entre outras atividades. Segundo ele, o médico disse que é como se ele tivesse sofrido um acidente de carro a 120Km/h.

“Sempre usamos a rede, nunca imaginava que isso poderia acontecer. Poderia ter sido com minha esposa ou meu sobrinho e seria ainda pior. Mas estas coisas nos fazem pensar na vida, nas coisas pequenas que deixamos passar, que deixamos de agradecer. Temos que ver o lado positivo, de ver que podemos contar com as pessoas, que acabam te surpreendendo, as mensagens de carinho que recebi, de saber que sou querido por muitas pessoas. Nos faz refletir bastante. Minha esposa foi muito importante neste momento, se mostrou muito dedicada e me ajuda muito”, declara João, que quer se dedicar nas fisioterapias para ser liberado pelos médicos e voltar a trabalhar em março, mesmo que por algumas horas ao dia, e voltar à sua rotina.