05/02/2014
Em Campo Largo, 10.800 unidades consumidoras tiveram o fornecimento de energia interrompido durante a tarde de terça-feira, 04 – em Ferraria, Bateias, Três Córregos e arredores da BR 277. Em todo o Paraná, a interrupção atingiu 548 mil consumidores – aproximadamente 13% do total, de acordo com a Copel (Companhia Paranaense de Energia). Em todo o país, 6 milhões de consumidores ficaram sem energia.
Apesar de os últimos dias terem sido de recordes na demanda da energia e o nível dos reservatórios das hidrelétricas estarem baixos, o ONS e o Ministério de Minas e Energia afirmam que o problema no fornecimento não foi causado por sobrecarga no sistema. Márcio Zimmermann, secretário executivo do Ministério, garantiu durante entrevista à Globo News na tarde de ontem que o “sistema não está trabalhando em estresse”, que não está no limite da capacidade para qual foi projetado. No início da semana o ministro Edison Lobão afirmou que “o Brasil não corre risco de apagão”.
Onze estados das regiões Sul e Sudeste do país tiveram problemas no fornecimento de energia. De acordo com o Operador Nacional do Sistema – ONS, ocorreu uma falha em linhas de transmissão no Tocantins após uma sequência de curto circuitos. Esta falha provocou o acionamento das proteções do sistema – que interrompem o fornecimento em alguns trechos para evitar que ocorra um colapso, uma vez que todo o sistema é interligado.
Em Campo Largo, consumo das residências aumentou 7,48% em janeiro
Comparando com o mesmo período de 2013, o consumo de energia das residências foi 7,48% maior em janeiro deste ano. Porém, o maior consumo registrado em Campo Largo tem sido durante o inverno, mais especificamente no mês de agosto. “Nosso histórico mostra que aqui o maior consumo é durante o inverno, mas a demanda em horários de pico tem sido grande também no verão” – informa o gerente da Divisão Comercial da Cocel, Carlos Conrado Krzyzanovski. Ele explica que apesar do aumento no consumo das residências, as indústrias consomem menos energia no início do ano, então na média total não há aumento significativo no consumo de energia em Campo Largo. Este consumo está cada vez mais concentrado em um período, por volta das 14 horas. “Estes picos de consumo aumentam a demanda por energia, pois a geração e todo o sistema interligado devem estar preparados para atender a estes momentos críticos, independentemente da média” – completa Krzyzanovski. Na última quarta-feira, 29, às 15h35, o ONS registrou o recorde de consumo de energia no país – foram quase 84.000 MW (mega-watts).