31/01/2014
Falta de água preocupa os campo-larguenses
31/01/2014
Tem sido comum a reclamação de falta de água em várias residências, de diferentes bairros de Campo Largo. O problema tem acontecido há alguns meses, mas tem sido mais frequente neste início de ano.
Uma das reclamações foi de Andreia Pereira Lemos, moradora do Cristo Rei, que ficou das 15 horas de sábado (25) até às 3 horas da madrugada de segunda-feira (27) sem água. “Há mais de um ano é frequente acabar água, mas logo voltava. Desta vez foi o final de semana inteiro. Ligamos diversas vezes na Sanepar e eles sempre davam uma nova previsão. Em uma das ligações justificaram que não tinha água suficiente no reservatório. Para fazer comida tivemos que sair buscando nos vizinhos que ainda tinham um pouco de água da caixa e quando voltou a água tive que lavar roupa de madrugada para poder trabalhar durante a semana”, conta.
A Folha também recebeu nesta semana reclamação de falta de água no Nova Trento e no centro da cidade. Em contato com a Sanepar, sobre o problema de falta de água e também a outras diversas reclamações de água com cor escura chegando nas residências, a Companhia explica: “A Sanepar informa que os problemas de abastecimento ocorridos em Campo Largo, no último fim de semana, ocorreram em função de uma sucessão de problemas que culminaram em desabastecimento, especialmente nos bairros Vila Bancária, Nova Trento e Cristo Rei: a Estação de Tratamento de Água Itaqui ficou paralisada por três horas em razão de um problema num equipamento, impossibilitando o tratamento de água de dois poços que contribuem em mais de 30% no abastecimento da cidade; uma bomba do poço Mineral queimou, seguido de problemas elétricos no poço São Caetano. Esses problemas já foram solucionados. Em dias de muito calor, no entanto, o consumo de água tem se elevado em muito e qualquer problema operacional, seja na produção ou na distribuição (como uma bomba queimada ou um vazamento, por exemplo), acaba ocasionando falta d’água ou baixa pressão localizada, notadamente nas regiões mais altas.
A ocorrência de água suja está diretamente ligada ao desabastecimento. Quando há falta d’água a ponto de secar internamente algumas redes de distribuição, a retomada da distribuição faz com que haja desprendimento de incrustações nas redes, especialmente nas mais antigas, o que acaba resultando em água suja ou amarelada. Essa água não está contaminada, pois é garantido um residual de cloro suficiente para a desinfecção.
Para a solução desses problemas, já está em andamento, desde janeiro do ano passado, a construção da Estação de Tratamento de Água Rio Verde, que praticamente dobrará a capacidade de produção de água para o município, além de readequar grande parte da rede de distribuição da cidade, isso deverá atender a demanda dos próximos 25 anos. A conclusão desta obra está prevista para dezembro de 2014 e o investimento é de R$ 40 milhões.