23/01/2014

Fonte:Depcom/PMCL

Um médico israelense, um italiano, uma argentina e duas cubanas que participam do programa Mais Médicos, do governo federal, já atendem em diferentes postos de saúde em Campo Largo. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o objetivo é abrir mais seis vagas em 2014, para aumentar a capacidade de atendimento no município.

O secretário de Saúde, Alexandre Xavier, afirma que havia dificuldade em preencher vagas, por exemplo, no interior. “Nós estávamos encontrando bastante dificuldade em contratar profissionais dispostos a trabalhar nas localidades onde hoje os médicos estrangeiros atendem. Hoje temos postos de saúde com dois médicos de prontidão, servindo a população”, explica Xavier. “Nossa meta é aumentar cada vez mais o número de atendimentos. Queremos fechar o ano com mais de 85 mil atendimentos à população”, acrescenta o secretário.

O primeiro médico estrangeiro a chegar foi o italiano Gaetano Rosa, 57 anos, que começou a atender no Centro de Saúde em outubro passado. No mês seguinte, foi a vez da médica argentina Maria Eugênia Barraza, 46 anos, que hoje atende na unidade da Vila Glória.

Em dezembro, chegaram o médico israelense Habib Nassir, 61 anos, que atende no distrito de Três Córregos, e as médicas cubanas Liuva Verdecia Corria, 44 anos, e Leidys Garcia Reitor, 43 anos. As médicas atendem nos postos de saúde de Itambezinho e Águas Claras, respectivamente.

Os profissionais do Mais Médicos passaram por uma avaliação e, ainda, tiveram um tempo de adaptação e treinamento antes de assumirem os cargos. A aprovação na etapa de avaliação é indispensável para a emissão do registro profissional provisório pelo Ministério da Saúde, sem o qual os médicos estrangeiros não podem atuar no Brasil.

 Programa Mais Médicos

Lançado em julho de 2013 pelo governo federal, o programa Mais Médicos faz parte de um plano de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde, bem como ampliar o número de médicos nas regiões mais deficitárias do Brasil.

O programa exige que cada médico estrangeiro domine a língua do país onde irá trabalhar e cumpra uma jornada de 32h semanais dentro do consultório, além de um dia da semana em que o médico é obrigado a realizar um programa de especialização pela internet.

Os profissionais recebem uma bolsa no valor de R$ 10 mil por mês. Também é depositado mensalmente para o médico, junto com a bolsa, o valor de R$ 457,49, referente à contribuição previdenciária obrigatória aos participantes do programa. O tributo é recolhido pela Previdência Social por meio de desconto em folha. O município de Campo Largo fica responsável por uma ajuda pecuniária mensal para alimentação, no valor de R$ 371,00 e auxílio moradia, no valor de R$ 1.500.

Os profissionais do Mais Médicos não podem exercer a profissão em outro local, a não ser onde estão locados, pelo período de três anos, que é o tempo máximo que podem trabalhar pelo programa. O acompanhamento das atividades desses médicos é realizado por tutores, que mensalmente fazem visitas aos profissionais para garantir um bom atendimento e discutir melhorias.