03/01/2014

A tradição de juntar lacres de latinhas de cervejas, refrigerantes e sucos, para doar para instituições de caridade, em forma de cadeira de rodas, ficou mais difícil. A empresa que recebia os lacres e entregava o peso em cadeira de rodas, na Cidade Industrial de Curitiba, fechou, e deixou as pessoas que lideram esse trabalho, sem saber o que fazer. Os lacres foram se acumulando e agora representam um verdadeiro tesouro.

A empresária Graça Chemin, do Supermercado Chemin, e sua família, há anos juntam os lacres e já doaram várias cadeiras de rodas, ou às instituições sociais ou diretamente às pessoas portadoras de necessidades especiais. Com o fechamento da empresa que trocava o material, Graça chegou a juntar mais de 300 garrafas Pet, cheias de lacres, mais de 400 quilos, que nesse final de ano foram doadas à Erce (Associação Erceana), em Campo Largo.

Difícil

A última vez que os Chemin trocaram lacres por cadeiras de rodas foi em abril de 2012. Eles costumavam, a cada seis, sete meses, trocar cerca de 100 garrafas Pet, por duas cadeiras de rodas daquelas simples. Desde aquele mês, até agora, foram colecionadas 314 garrafas de dois litros, cheias, mais de 400 quilos. Graça disse que eles teriam opção de lavar a carga até São Paulo, para trocar diretamente na empresa, mas as transportadoras só aceitavam carga com mais de uma tonelada. “A opção foi entregar todo o produto à Erce, que fará um bom uso do material”, disse graça e sua filha Tatiana. A entrega do material à Erce foi uma festa, com a presença de algumas pessoas da instituição, que foram buscar o presente de Papai Noel, no supermercado.

No dia seguinte ao da entrega das garrafas com os lacres, Graça já começou a receber mais garrafas Pet, cheias de lacre, para voltar a colecionar o produto. “Vamos juntar em 2014 outro tanto”, explicou ela.