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Geral

Coritiba

26/12/2013

Aclamado pelo Atlético-PR, Domingos Moro convive com passado no Coxa

Coritiba

26/12/2013

Fonte:G1.com

Foto:Reprodução/RPC TV

O advogado Domingos Moro vive uma verdadeira controvérsia nos últimos anos. Torcedor do Coritiba, ele até ocupa uma cadeira como conselheiro vitalício do time alviverde. Só que nos últimos anos se destacou pela defesa do rival Atlético-PR nos tribunais estaduais e nacionais.

A história de Moro está totalmente ligada ao Coritiba. O advogado já foi vice-presidente do clube na gestão de Giovani Gionédis, além de ter se candidatado para uma vaga ao cargo maior em 2009. Uma de suas frases mais célebres foi "meu coração é branco, e nas minhas veias corre sangue verde".

Só que o trabalho profissional de Domingos Moro junto ao Atlético-PR o credenciou como um verdadeiro herói rubro-negro. Com a sua persuasão, ele liberou jogadores atleticanos de penas mais graves, conseguiu reduzir advertências para o clube e luta para abrandar os 12 jogos fora por causa da violência.

A relação mais próxima de Domingos Moro com a instituição rubro-negra criou uma raiva de torcedores alviverdes mais fanáticos, que já chegaram a sugerir uma expulsão dele no cargo de conselheiro. O advogado sabe do problema criado, mas contou que já foi pior, pois atualmente as pessoas entendem um pouco mais a relação profissional.

- É uma questão que vai até o fim da minha vida. Um dia se eu voltar ao Coritiba ou se não voltar. Mas hoje as pessoas já têm uma noção melhor do que é você trabalhar, fazer aquilo que gosta e sabe, daquilo que você gosta – da sua paixão que vem desde o início da sua vida. Mas ainda eu sou muito cobrado na rua, na internet, por telefone. Não é uma coisa que me dê satisfação, mas já aprendi a conviver - disse, em entrevista ao Globo Esporte.

Sobre um possível retorno ao Coritiba como dirigente, Domingo Moro acha impróvavel, por causa da relação ruim que muitos adotaram em relação ao nome dele. Mas, de forma poética, ele evita descartar qualquer chance.

- Sempre dizem que o futuro à Deus pertence. Eu aprendi com o meu pai que nunca pode ser dizer nunca. As possibilidades da vida vão surgindo confirme a vida passa. E ela está passando e novas oportunidades estão surgindo e podem surgir de uma forma inesperada.

Questionado se planeja voltar para a diretoria coxa-branca algum dia, Moro lembrou que é melhor estar ao lado de pessoas que valorizam o seu trabalho (como o caso dos atleticanos) do que voltar para outras que não gostam dele.

- Não é hora de planejar isso agora. É hora de viver esse momento de trabalho, que sou respeitado pelas pessoas que acreditam e me dão condições. Ao contrário de pessoas que parecem querer me ver cada vez mais distante.

Para Moro, conversar sobre o Coritiba é remexer um passado que o incomoda de alguma forma, tirando a tranquilidade explícita na entrevista. Emotivo, o advogado admitiu que existe uma decepção pela falta de reconhecimento do seu trabalho na gestão alviverde. Mas, que mesmo sem ter relação com a atual diretoria, ele torce muito pelo Coxa.

- Não é mágoa. É evidente que isso me entristece, pois procurei sempre fazer o melhor pelo clube. Tive boas passagens por lá e sou conselheiro vitalício da instituição, tenho o maior carinho e respeito. Nas passagens pelo futebol sempre foram vitoriosas, mas tudo isso parece que ficou um pouco esquecido, mas são águas passadas. Não o clube, essa não, mas os dirigentes passam, e a instituição fica sempre - completou.

Uma das ações da atual diretoria que marcou a relação com Domingos Moro foi durante o julgamento do Coxa por causa da violência de 2009. O advogado se ofereceu para defender o clube no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), mas a diretoria não aceitou nem ouvi-lo.