01/11/2013
Comércio prepara-se para as vendas de Natal
01/11/2013
O comércio começa a ficar mais agitado com o início de novembro. Enfeites de Natal já começam a ocupar as prateleiras e a chamar a atenção dos consumidores.
Segundo o presidente da Acicla, Wilson Perussolo, o mercado está em baixa e o comércio está reclamando. Mas nas datas comemorativas, como no Natal, há sempre uma reação e as vendas aumentam. Wilson explica que as pessoas estão preocupadas em pagar as contas antigas e evitam fazer novas contas, mas mesmo assim não deixam de comemorar. Podem até mesmo comprar produtos de menor valor agregado, mas nessas datas o movimento no comércio sempre cresce.
Wilson aconselha para que as empresas divulguem os produtos e serviços à venda. “Empresas têm que inovar mais pra chamar atenção do cliente. Produzir mais, com mais qualidade, mais rápido e melhor”, enfatiza. Ele comenta que a Acicla oferece cursos para vendedores e o próximo será no dia 24 de novembro. “O vendedor tem que aprender a convencer, vender uma solução para o cliente, da forma mais clara e precisa”, destaca, comentando que é preciso trabalhar questões de liderança, confiança e relações humanas.
Estão realizando também o treinamento Dale Carnegie, que melhora o desempenho em vendas, liderança, competências interpessoais, comunicação, apresentações ou serviço ao cliente – ainda é possível entrar para assistir a partir da segunda aula (das 12) entrando em contato com a Acicla.
Ter o controle de preocupações é um ponto muito importante, segundo Wilson, pois hoje em dia tem que se fazer muito mais com muito menos tempo e os problemas não podem refletir no desempenho. Gestores ainda precisam aprender a conduzir melhor a equipe, tanto situações profissionais, como as pessoais que possam influenciar no trabalho.
Além do investimento dos campo-larguenses no comércio local, aumentou a procura de grandes empresas em investir na cidade. “O mercado da cidade é bom, isso devido às empresas que já existem aqui e acaba atraindo grandes empresas. Lojas grandes vindo para cá movimentam o comércio num geral e os outros comerciantes menores têm que aproveitar a oportunidade e oferecer diferenciais ao cliente, dispor de mais produtos, oferecer atendimento de qualidade”, afirma.
Campanha
A expectativa de vendas para este ano é um pouco menor em relação ao ano passado, mas Wilson comenta que para chamar atenção das pessoas para o comércio é que eles realizam a campanha de Natal. “A campanha está nas ruas para fomentar as vendas e o comércio, dos associados à Acicla ou não, porque trazemos as pessoas para o centro da cidade e do comércio”, explica.
A campanha acaba sendo um atrativo a mais para as pessoas comprarem, porque na compra os clientes ganham um cupom e têm chance de ganhar diversos prêmios. Este ano o prêmio de maior valor será um veículo HB20 e os comerciantes podem oferecer isso com baixo custo. “Ano retrasado participaram cerca de 120 associados, no ano passado mais de 200 e este ano queremos chegar aos 300, dos 800 associados que temos hoje. Três meses por ano a Acicla trabalha no Natal, por isso é importante a participação dos comerciantes, porque é para fomentar ainda mais”, detalha.
Descentralização
Wilson afirma que o comércio deveria pensar em expandir para os bairros, descentralizar do Calçadão da XV e do centro da cidade. Precisa de grandes lojas no Itaqui e no Ouro Verde, por exemplo. “Quando inaugurar o hospital no Ouro Verde vai ser um grande desenvolvimento, mas tem que levar serviços para lá também, atendendo os campo-larguenses e pessoal de fora. Não só pousada e restaurantes, mas lugar para as pessoas se distraírem, passar o tempo e também poderem gastar no comércio local”, destaca ele, comentando que empresários precisam enxergar a oportunidade e investir.
Valores que não existem
“Não existe razoabilidade, deveria dar o troco certo, ter uma legislação específica para isso ou começar um bom senso sobre os valores”, comenta o presidente da Acicla, Wilson Perussolo, questionado pela Folha sobre estes valores de venda em que não se pode dar o troco corretamente.
Valores que não existem é porque não se consegue dar o troco certo em alguns casos. Há produtos que se for pagar exatamente o valor real, apenas é possível com cartão de crédito ou débito. Um produto de, por exemplo, R$ 2,88, é cobrado do cliente R$ 2,90. E esses centavos vão sendo tirados dos consumidores quando eles pagam em dinheiro, já que não existe moeda de R$ 0,01, nem de R$ 0,02.