19/07/2013
O carcereiro que estava trabalhando na Delegacia de Polícia de Campo Largo, Hembek Adson Mendes, funcionário lotado na Secretaria da Justiça – Departamento Penitenciário, se apresentou na última quarta-feira (17), no Gaeco. Ele é apontado como um dos policiais que torturaram os suspeitos da morte da menina Tayná Adriane da Silva (14), caso acontecido no final de junho, em Colombo
Hemberk era o chefe da Carceragem em Campo Largo, cedido pela Secretaria da Justiça desde janeiro último, ligado diretamente ao Departamento Penitenciário. Não foi informado, pelas autoridades, por quais motivos os presos teriam passado pela cidade.
A Justiça acatou 14 das 15 solicitações de prisão feitas pelo Grupo Especial de Atuação no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, pela acusação de torturas contra Sérgio Amorin da Silva Filho, 22 anos, Paulo Henrique Camargo Cunha, 25, Adriano Batista, 23, e Ezequiel Batista, 22.
Dez mandados já foram cumpridos. Entre os presos estão seis policiais civis, um guarda municipal de Araucária, um policial militar de Colombo e o “preso de confiança”, identificado como Patrick, além do carcereiro de Campo Largo. Ainda restam quatro policiais, entre eles o delegado Silvan Pereira.
A Corregedoria da Polícia Civil chamou, para ouvir em depoimento, como testemunhas, duas funcionárias da Delegacia de Campo Largo, que estavam trabalhando no dia em que os presos passaram pela Delegacia, a estagiária Ana e a agente Alice.
Os policiais civis detidos foram levados para a carceragem da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, na Vila Izabel. Eles ficaram sob custódia da Corregedoria, que investiga paralelamente as denúncias de tortura. O PM foi levado para o Quartel do Comando Geral e o guarda municipal se entregou ao Gaeco.