06/07/2012

Kleber Jacir Bernardes (27), o “Piche”, foi julgado na Quarta-feira (04) em Campo Largo. Ele é apontado como um dos autores da morte da adolescente Jéssica Caroline da Silva (15) que aconteceu no dia 25 de Julho de 2010.

O julgamento se estendeu até as quatro horas da madrugada de Quinta-feira, quando a juíza Suzana Massako Hirama Loreto de Oliveira proferiu a sentença de Kleber. Ele foi condenado a 21 anos de prisão pela morte de Jéssica e mais 14 anos e oito meses pelas tentativas de homicídio contra Luiz Eduardo Carzino Beira (24) e Crislaine de Lima Macedo (25), que foram baleados na mesma situação, totalizando assim 35 anos e oito meses de prisão. Foram ouvidas durante o júri, 15 testemunhas de defesa e acusação. Após o encerramento da sessão, os advogados de Kleber recorreram da sentença, mas Kleber continuará preso. Agora os defensores devem recorrer ao Tribunal de Justiça, que vai analisar o caso e dirá se a pena será mantida ou diminuída. Trabalhou na acusação do réu a promotora Nayane Kelly Garcia que teve como assessor Francisco Ubirajara Camargo Fael. Kleber foi defendido pelos advogados Luis Fernando Zeni, Adriane Fernandes e Larissa Gonçalves Costa.

Kleber já se encontrava preso na Cadeia Pública de Campo Largo desde o mês de fevereiro de 2011, após ser expedido contra ele Mandado de Prisão expedido pela Justiça. O outro suspeito de ter participação no mesmo crime, Juliano Ferreira Ribeiro (21), o “Buiu” que também encontra-se preso, foi levado ao Tribunal do Júri e arrolado como testemunha.

O caso - Jéssica Caroline da Silva morreu quando participava de uma confraternização em uma casa na rua Antonio Guarezi, Vila Torres, Ferraria. Segundo o que foi apurado pela Polícia, em certo momento da festa, dois homens, que seriam Kleber e Juliano, utilizando um Fiat Palio de cor cinza, apareceram e um deles detonou vários tiros com uma pistola calibre ponto 40, de uso restrito da Polícia. Jéssica que estava no quintal da casa foi alvejada com três tiros e morreu ao dar entrada minutos depois no Centro de Urgências Médicas no bairro Campo Comprido, em Curitiba. Luiz Eduardo e Crislaine de Lima, que também estavam no quintal ficaram feridos. Os policiais militares recolheram no local do crime quatro projéteis todos deflagrados. Cerca de um mês depois do crime a arma usada no assassinato foi apreendida pelo Cope - Centro de Operações Policiais Especiais com Marco Aurélio dos Santos, o “Tio Má”, que era suspeito de chefiar o tráfico de drogas na região da Ferraria.