Quarta-feira às 29 de Outubro de 2025 às 06:02:59
Geral

Inadimplência

11/01/2012

Inadimplência do consumidor sobe 21% em 2011 e confiança do comerciante cai.

Inadimplência

11/01/2012  Fonte: Banda B

A inadimplência do consumidor brasileiro no ano passado foi 21,5% maior do que em 2010, segundo a empresa de consultoria Serasa Experian. Esta foi a maior elevação anual verificada desde 2002, quando houve um crescimento de 24,7% ante 2001.

O valor médio dos débitos não bancários, como cartões de crédito, financeiras e lojas em geral, apresentou uma queda de 17,3% em 2011 ante 2010, passando de R$ 387,55 para R$ 320,63. As dívidas com bancos tiveram redução de 0,7% e ficaram em R$ 1.302,12, valor ligeiramente abaixo dos R$ 1.311,71 registrados no ano anterior.

Já os títulos protestados e cheques sem fundos fizeram o movimento contrário e apresentaram elevação em seus valores médios de um ano para o outro, com altas de 16% e 8,4% respectivamente. Os protestos subiram de R$ 1.183,50 para R$ 1.372,86 e os cheques passaram de R$ 1.254,44 para R$ 1.359,19.

No comparativo mensal, o número de pessoas que não honraram suas dívidas caiu 2,5% em dezembro ante novembro. Se considerado o mesmo mês do ano anterior, o indicador apresentou alta de 13,1%.

Segundo os economistas da Serasa, o aumento da inflação reduziu o rendimento do trabalhador e os juros ainda elevados afetaram a capacidade de pagamento do consumidor diante de um endividamento crescente em 2011. Eles destacam que o acumulo de dívidas, de médio e longo prazos, vem desde 2010, ano em que as condições de crédito e do orçamento do consumidor foram mais favoráveis do que em 2011.

Confiança do comércio cai

A confiança dos empresários do comércio na economia brasileira caiu 6,8% no trimestre encerrado em dezembro, na comparação com o mesmo período de 2010. Segundo dados divulgados hoje (10) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança do Comércio (Icom) ficou em 128,4 pontos, depois de atingir 137,9 em igual período do ano passado.

No trimestre encerrado em novembro, em relação ao mesmo trimestre de 2010, a queda havia sido de 4,5%. De acordo com a FGV, o resultado é o pior da série histórica, iniciada em maio de 2011, e os números confirmam “o momento de desaceleração da atividade do setor”.

De acordo com a FGV, a percepção do setor em relação ao momento atual piorou na comparação com igual período do ano passado. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) registrou queda de 9,7%, a maior desde maio. Em novembro, houve queda de 6,5%.

Na média do trimestre finalizado em dezembro, 26,7% das empresas consultadas avaliaram a demanda atual como forte, menos do que as 31% que tiveram essa percepção no mesmo período de 2010. Já 16,9% a consideraram fraca no último trimestre de 2011, parcela maior do que o observado um ano antes, que atingiu 9,5% dos negócios.

O estudo também revela que a percepção das empresas do setor em relação aos meses seguintes se tornou menos favorável. O Índice de Expectativas (IE-COM) caiu 4,6% em dezembro na comparação com o ano anterior. Em novembro, a queda havia sido de 3%.

Entre os quesitos que compõem o IE-COM, as vendas nos três meses seguintes foi o que mais contribuiu para a redução do otimismo. Entre as empresas sondadas, 56,2% esperam melhora nas vendas e 10,1% piora, contra 60,7% e 6,7%, respectivamente, em 2010.

A Sondagem Conjuntural do Comércio é um monitoramento que antecipa tendências econômicas com bases em informações prestadas por empresas do setor. Para esta edição, os levantamentos foram feitos entre 1º e 23 de dezembro. Ao todo, foram ouvidas 1.244 empresas.