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Melhor do mundo

07/01/2012

Prêmio de melhor do mundo escancara superioridade europeia e decadência brasileira.

Melhor do mundo

07/01/2012  Fonte: R7 Notícias

Acostumado a ser protagonista em qualquer canto do mundo, o futebol brasileiro vive momentos de decadência. Prova disso é que a prestigiada eleição da Fifa para escolher o melhor jogador do planeta não inclui um atleta do nosso país entre seus finalistas há quatro anos. Neste ano, chegaram para disputar a Bola de Ouro o argentino Lionel Messi, o português Cristiano Ronaldo e o espanhol Xavi Hernández.


O último brasileiro a figurar entre os finalistas foi o meia Kaká, que acabou se consagrando vencedor em 2007, superando Messi e Cristiano Ronaldo. Desde então, nenhum atleta do “país do futebol” foi selecionado para figurar na elite do esporte. O fato é um claro indicativo da decadência que se abateu sobre nosso maior produto de exportação, que já não é mais a “menina dos olhos” do poderoso mercado europeu.


Além do já citado Kaká, Romário, Ronaldo (três vezes), Rivaldo e Ronaldinho (duas vezes) já receberam a honraria da entidade maior do futebol. Todos atuavam em grandes clubes do Velho Continente e foram protagonistas de suas equipes. Atualmente, não há sequer um brasileiro que possa ser considerado o principal jogador de seu time nos mais tradicionais clubes dos mais importantes centros europeus.

Ao contrário do que acontecia antes, a desconfiança em relação ao futebol brasileiro que se instalou no mercado europeu também produziu outro fenômeno: o da repatriação de atletas de renome. Começou com Ronaldo voltando para jogar no Corinthians e o último figurão a retornar foi o atacante Luís Fabiano, para defender o São Paulo.

Mesmo quando se trata de seleções, o Brasil perdeu seu papel de destaque, ocupado pela Espanha, vencedora da última Copa do Mundo. Holanda e Alemanha também têm times considerados melhores que o brasileiro, que colecionou fracassos em 2011, sendo o principal deles o pífio desempenho na Copa América. Até mesmo na América do Sul, o Uruguai está atualmente à frente da equipe do técnico Mano Menezes.

A prova final da crise vivida pelo futebol nacional ocorreu na final do Mundial de Clubes da Fifa, em dezembro do ano passado. Na ocasião, o Santos, mesmo contando com as revelações Neymar e Ganso, foi humilhado pelo Barcelona e perdeu por 4 a 0. A repercussão foi muito grande e ainda teve o agravante do “puxão de orelha” dado pelo técnico Pep Guardiola, que afirmou que o Brasil é que costumava jogar como hoje faz o clube espanhol.
 

Curiosamente, o único brasileiro que pode ainda levar alguma coisa na premiação da Fifa, que ocorre nesta segunda-feira (9), às 16 (de Brasília), é justamente Neymar. O craque santista concorre ao prêmio de gol mais bonito da temporada. Embora a concorrência seja forte, o gol marcado contra o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro é um dos favoritos.

Contraponto

A salvação da lavoura brasileira vem do futebol feminino há anos, na figura de Marta, que pode ser eleita pela quinta vez consecutiva a melhor jogadora do mundo. Para isso, ela precisa superar a japonesa Homare Sawa e a norte-americana Abby Wambach. A brasileira monopoliza o prêmio desde 2006.