25-04-2011
No Paraná, investir em novos hotéis para 2014 não é aconselhado
25-04-2011
Estão atrasados aqueles que planejam investir no setor de hospedagem em Curitiba, região metropolitana e litoral com foco na Copa de 2014. Pelo menos é essa a avaliação da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Paraná (ABIH-PR). Segundo o acompanhamento da entidade, só a Grande Curitiba conta atualmente com uma infraestrutura de 18 mil leitos, sendo que 12 mil já seriam suficientes para estar em conformidade com as exigências da Federação Internacional de Futebol Associado (Fifa), que solicita um número de leitos equivalente a 30% da capacidade máxima do estádio para a realização do evento.
Somam-se a isso dois mil leitos que surgirão até 2013, por conta de obras de ampliação ou de novos espaços cujas obras estão em andamento. Portanto, não é difícil concluir que esse tipo de investimento pode ser melhor aproveitado por outra cidade-sede, como Cuiabá (MT) e Manaus (AM), que ainda não possuem a capacidade mínima de hospedagem exigida pela Fifa.
"É o único setor organizado e adiantado em relação aos preparativos para a Copa de 2014, aliás, as ações estão sendo executadas com foco em 2013, quando receberemos a Copa das Confederações", assegura o presidente da ABIH-PR, Henrique Lenz César Filho. Como empresário do setor, ele considera que os planos de quem pensa em lucrar com hospedagem em curto prazo e, sobretudo, com a demanda gerada por conta da Copa de 2014, possam ser frustrantes. "A taxa anual de ocupação média dos hotéis na Grande Curitiba não chegou a 60% em 2010, o que demonstra que a infraestrutura está condizente com a realidade da cidade. Por mais que o evento possa ampliar o número de turistas, devido a visibilidade que teremos em todo o mundo, todo o setor observa com cautela como os negócios ficarão no pós-Copa", pondera.
O presidente também lembra que a agência de turismo oficial da Fifa já reservou com a ABIH-PR 60% dos leitos existentes na Grande Curitiba para abrigar as delegações dos países participantes e a imprensa durante os 30 dias de competição.
Para quem já está no mercado, a palavra de ordem é investir na melhoria das acomodações e na capacitação dos funcionários. "Os empresários estão apostando alto, cada um com sua estratégia, mas todas atentos ao fator de que receberemos turistas internacionais com um grau de exigência ainda mais apurado. Do ar condicionado às televisões ou computadores, estamos trocando velhos modelos pelo que há de mais moderno", afirma. "Quando forem definidas as seleções que jogarão em Curitiba, em 2013, partiremos para quesitos como decoração de ambientes, cardápios diferenciados e amenities (cosméticos em miniatura para hotéis) com motivos da Copa", acrescenta.
Fonte: Paraná Online