O ano tem passado tão rápido, tanto quanto as crianças crescem aos olhos de uma mãe. Já chegamos ao segundo domingo de maio, quando todos paramos para celebrar essa data tão especial, que vai além de uma homenagem simbólica; o dia de comemorar a vida e o amor que existe dentro do coração e da alma das mães. Este é o momento de reconhecer a força que muitas vezes passa "despercebida" pelo dia-a-dia, mas que é essencial para mover o mundo, onde mulheres de todas as idades e contextos exercem a construção da sociedade. A maternidade é uma missão que exige coragem, persistência e um compromisso diário com o cuidado, a educação e o futuro dos filhos.
Infelizmente, é inegável que vivemos em um mundo marcado por desigualdades e desafios, por isso, ser mãe também deve ser considerado um ato de resistência. Mulheres enfrentam jornadas duplas, por vezes triplas, conciliando o trabalho com a criação dos filhos, muitas vezes sem o suporte necessário - algumas sem nem mesmo a ajuda do pai da criança, tanto financeira, como física, emocional, moral e educacional. Ainda assim, seguem adiante com a dignidade de quem não se permite desistir. O amor materno, nesse contexto, também ganha mais feições políticas e transformadoras, com grande impacto na vida dos filhos.
O que é conhecido como "instinto materno", embora muitas vezes tratado como algo natural e que "nasce" em cada mulher todas as vezes que ela se torna mãe, é, na prática, um exercício diário de atenção, entrega e sacrifício. Ele não é automático, mas se  revela aos poucos, em gestos cotidianos, por meio do cuidado com a alimentação, na atenção a saúde, apoio emocional e tantos outros fatores que só o olhar atento de uma mãe pode ser capaz de reconhecer.
A mãe recebe então uma grande responsabilidade de influência sobre seus filhos, sendo a sua primeira professora na escola da vida.  É preciso lembrar que a formação do caráter, a ética e até a espiritualidade de um ser humano começa, muitas vezes, no colo de uma mãe ou de quem ocupa este papel. Essa influência, embora muitas vezes invisível, molda destinos e impacta gerações.
Neste domingo, mais do que presentes ou mensagens prontas, é tempo de refletir sobre a mulher que, com todas as limitações que pode ter passado em sua vida, as noites mal dormidas, dúvidas silenciosas, renúncias e esforços que, muitas vezes, nem chegamos a perceber, buscou dentro de si forças para ser a melhor pessoa que poderia ser para você. Se você ainda tem sua mãe por perto, abrace-a com gratidão sincera. Se ela já partiu, honre sua memória lembrando de tudo o que ela enfrentou para que você se tornasse quem é hoje. Um dia abençoado para todas as mães, sejam elas jovens, idosas, casadas, solo, adotivas, madrastas que assumem o cuidado com afeto e responsabilidade o compromisso de cuidar, ensinar e proteger.