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Schmidt

23-12-2010

Schmidt paga 13º e zera pendências com funcionários

Schmidt

23-12-2010

Exatos três meses após assumir, a nova Diretoria da Porcelanas Schmidt cumpriu um dos mais difíceis compromissos com os seus funcionários: Pagou o 13º salário no dia 20 e garantiu zerar todas as demais pendências que ainda restassem, de salários e outros haveres, com os seus funcionários, até o próximo dia 24 ou, no mais tardar, até o dia 30. O presidente da empresa, Nelson Lara, reuniu os funcionários no chão de fábrica e comemorou, com eles, o sucesso da empresa.
"Estamos pagando o 13º salário hoje, o dinheiro está depositado nas contas de vocês. Até o dia 24 ou, no mais tardar, até o dia 30, zeraremos todos os débitos que ainda existirem, em salários e outras vantagens. Estamos pagando também o vale adiantamento, de Dezembro, para todos, nas três unidades da empresa, Mauá, Campo largo e Pomerode", disse o executivo.

Saneamento
Nelson Lara comemorou, com os funcionários, a retomada da produção e das exportações. "Já estamos contratando 120 novos funcionários (70 em Campo Largo), para darmos conta dos pedidos. Estamos trabalhando com 60% da capacidade e voltaremos aos 100% em 2011", disse ele, lembrando que muitos grandes clientes da Schmidt voltaram a fazer pedidos, porque sabem que serão atendidos.
Durante o encontro o presidente estava acompanhado do assessor Paulo Renato Schnekenberg, seu braço-direito, e do presidente do Sindicato dos Trabalhadores, Paulo Andrade, a quem agradeceu a compreensão e o apoio, para solucionar a crise na empresa. "Essa reviravolta, que muitos não acreditavam possível, só foi possível graças ao apoio dos trabalhadores, graças a vocês", disse Nelson, lembrando que "2010 nunca mais".
O presidente da empresa concluiu a reunião com os trabalhadores, debaixo de um forte aplauso de todos. E em seguida ele reuniu a Imprensa, lembrando que nesses três meses já pagou, em salários, cerca de oito milhões de reais.

Preços
Nelson Lara lembrou que o nome Schmidt ajudou muito, o seu trabalho. Junto aos clientes, ele conseguiu resgatar rápidamente os pedidos e os preços dos produtos, que estavam defasados em até 80%. A administração anterior perdeu credibilidade e, na hora de vender o produto vendia num leilão inverso, onde os preços eram depreciados em até 80%. Em um ano a empresa perdeu mais de R$ 36 milhões, só na comercialização dos produtos.
Para 2011, Nelson acredita que a empresa passe a operar novamente com os bancos oficiais, com juros de mercado, bem menores dos que os juros das factoring, com os quais a empresa estava trabalhando, com a antiga Diretoria. As dificuldades com os salários dos trabalhadores. Ele diz que já são do passado e que as relações agora são de confiança e compromissos cumpridos. Lembrou que a partir de Janeiro a empresa passará por uma auditoria completa, para apurar as responsabilidades sobre as irregularidades ou até algum crime cometido. "Temos informações que até documentos da empresa foram incinerados, em Mauá. E isso nós pretendemos apurar", disse ele.

Novos investimentos
Ainda não está confirmado, mas a Porcelanas Schmidt pode se associar ou criar uma nova empresa, para unir as marcas Corona, da Colômbia, com a Schmidt, do Brasil. A Corona é a maior fabricante de cerâmica de mesa, piso, azulejos e louças sanitárias da Colômbia, com faturamento de U$ 2 bilhões/ano. A Schmidt é a maior fabricante de porcelana branca da América Latina e o nome mais conhecido no mundo. A Corona deve chegar ao Brasil em 2011 e, junto com a Schmidt, dominar o mercado continental e se lançar como um dos maiores fabricantes de cerâmica, louça e porcelana do mundo.