Vitor conta que nunca pensou em trabalhar em rádio, e quando menino, na década de 70, tomou gosto pela música e pelo futebol
Vitoldo Marchewski, mais conhecido como Vitor, nasceu em Toledo, filho de Valeriano (in memorian) e Stefania Marchewski, é o nono filho de uma família de 11 irmãos. Vitor é de família humilde e nunca negou isso, veio para Campo Largo com sete anos e perdeu seu pai ainda menino, mas contou com a garra de sua mãe e de seus irmãos mais velhos para superar os desafios. É casado com Amiradi Terezinha de Jesus e tem um casal de filhos, Marina e João Victor.
Vitor conta que nunca pensou em trabalhar em rádio, e quando menino, na década de 70, tomou gosto pela música e pelo futebol, e quando ia assistir uma pelada com seus irmãos, sempre arrumava um jeito de ficar perto de um rapaz que tivesse um rádio. Nos anos 70, a rádio AM mais ouvida era a Rádio Atalaia, a programação era repleta de música, tinha a hora certa e notícias rápidas de hora em hora.
Em 1977 começou a trabalhar na Porcelanas Schmidt onde permaneceu até 1987 no cargo de decorador de porcelanas. Foi membro da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Cerâmica em 1996; presidente da Associação de Moradores São Pedro e São Paulo (Amosp); fez parte do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) por muitos anos, e chegou a ocupar o cargo de secretário. Em 2002 foi representante da Classe dos Consumidores de Baixa Renda como conselheiro da Cocel (sem remuneração) e sempre esteve envolvido em trabalhos sociais.
Quando trabalhava na Schmidt o primeiro aparelho eletrônico que Vitor comprou foi um gravador usado, a aquisição foi feita para ele gravar música e depois ouvir no caminho casa-trabalho-casa.
Rádio Onda Livre
Apesar de não ter como objetivo trabalhar em rádio, pois sabia das suas limitações e conhecedor da sua timidez, até hoje não se sente bem ao falar em público, foi convidado em 1996 pelo seu amigo Lino Petry para empunhar a bandeira em busca de uma rádio para Campo Largo, luta que os amigos Geferson Marcon e Luciano Munhoz já haviam iniciado.
O primeiro passo foi procurar assessoria jurídica com Guilherme Gonçalves e Rodrigo Furlan. Vitor acompanhou todos os processos desde o nascimento da rádio e todas as suas mudanças, inclusive de frequência : 100,9 FM; 104,9 FM e hoje, 98,3 FM.
O radialista conta com emoção e lembra quando trabalhava como autônomo na área de pintura e durante a noite saía com o seu fusquinha acompanhado do amigo Luciano Munhoz, para fazer teste de antena e passar as coordenadas para o técnico Geferson Marcon. Este foi o período da liminar (por um mês) concedida para a instalação da rádio. O local foi cedido pelo médico Edilson Stroparo, anexo a sua marcenaria e a torre era uma bragatinga, camuflada atrás de um pé de bananeira. “Quantas alegrias, quantas expectativas, quantas decepções”, comenta Vitor.
Em 2004, a notícia mais esperada por todos, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorizava o funcionamento da Rádio Onda Livre FM pelo período de 10 anos. Vitor sempre fez parte da diretoria da Fundação Nossa Senhora da Piedade, por duas vezes como diretor vice-presidente da entidade e uma vez como diretor secretário. Em 2005 foi convidado pelo então presidente Lino Petry para dirigir a emissora Onda Livre. Aceitou o desafio e permanece no cargo até hoje.
Vitor já participou do programa “Domingão Gaúcho”, apresentado por Lino Petry. Mais tarde, criou o “Onda Livre Oportunidades”, apresentado no sábado das 8h às 9h, e o “De bem com a vida” que vai ao ar aos sábados das 12h às 13h30min, com participação especial de Silvia Maria Cruz e do artista campolarguense Zico Lamour. Já substituiu vários locutores nos períodos de férias e jornadas esportivas, procurando transmitir alegria e otimismo nas suas locuções. A noite e nos finais de semana faz decoração em porcelanas em um pequeno ateliê que tem em sua casa.