Sabado às 23 de Novembro de 2024 às 10:22:00
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Feira da Louça não será realizada neste ano e Sindilouça começa a organizar próxima edição

Sempre com grande público e atraindo pessoas de toda a região e até mesmo outros estados, mesmo que com a pandemia mais controlada fica inviável realizar um evento da proporção da Feira da Louça.

Feira da Louça não será realizada neste ano e Sindilouça começa a organizar próxima edição

Sempre com grande público e atraindo pessoas de toda a região e até mesmo outros estados, mesmo que com a pandemia mais controlada fica inviável realizar um evento da proporção da Feira da Louça. O Sindilouça – responsável pela realização - se pronunciou oficialmente informando o cancelamento, prezando pela saúde e o bem-estar dos seus profissionais e do público visitante. A feira aconteceria de 02 a 12 de setembro.

O presidente do Sindilouça, Fabio Germano, comentou à Folha que foi cogitado fazer uma feira online, mas que é de grande complexidade. Explicou que a maioria dos pequenos expositores são artesãos e em grande parte ainda não estão bem ativos no universo online, diferente de grandes empresas que já vendem a nível nacional pela internet e até mesmo devem fazer ofertas nesse período. De qualquer forma, ele acredita que a feira online é um projeto bem interessante de ser estruturado, não só em período de pandemia, para que atinja ainda mais pessoas.

Ano passado já não aconteceu a Feira, que estaria na 30ª edição realizada ininterruptamente. Fabio explica que os tradicionais participantes da feira ficaram bastante preocupados com o fechamento do comércio em março e abril e colocaram como 15 de junho uma data limite para iniciar o planejamento da feira. Neste período, a situação ainda estava muito instável e com altos índices de contaminação pela Covid-19, com decretos bem restritivos. Desta forma, com público sendo essencial, não há condições de ser realizado.

“Temos que considerar pessoas que vêm de outras cidades também. Não conseguimos um distanciamento de 1,5m. Outras medidas conseguiríamos manter, mas afetaria muito o evento como um todo”, declara Fabio, citando o último dia da última Feira da Louça, que atraiu 12 mil pessoas. Além disso, é uma feira cara de ser realizada e precisa ser bem planejada.

Fabio diz à Folha que não consegue medir o impacto para o setor por não realizar o evento, que traz um grande público para a cidade. Cita que grandes empresas estão muito ativas no mercado, com muita venda online, mas que os menores acabam sendo mais prejudicados. “Tem artesão que vende na feira o que não vende no ano em suas lojas”, ressalta, explicando que o evento também é muito importante para contatos e vendas posteriores.

Todos lamentam não poder realizar a Feira, até porque é uma visibilidade muito grande a todos os expositores, desde artesãos regionais a grandes indústrias. Sem falar que este evento é uma base muito importante para manter o título de Campo Largo como capital da Louça.

Outubro vão começar efetivamente a planejar a próxima Feira da Louça, no ano que vem. “Situação delicada e que impõe algumas preocupações, como qual será o espaço disponível e como vai ser”, comenta Fabio.

Ótimo momento
As empresas locais estão tendo um produto mais competitivo devido à valorização em relação ao produto chinês, que já incomodou muito o setor. Fabio diz que o setor de cerâmica está num ótimo momento e quem se preparou conseguiu crescer muito na Internet. “Na pandemia tiveram que se reinventar, achar outros nichos para poder explorar”, cita.

Granizo
Quase todas as empresas do setor foram afetadas pela chuva de granizo do dia 16 de agosto. Ele cita a Germer, Schmidt, Cerâmica Brasília, Grejj Graus extremamente afetadas. “Perca de material preparado para queima, embalado ou preparado para embarque. Mas principal prejuízo foi com estrutura”, conta Fabio, detalhando que a chuva de granizo gerou atraso para fazer entrega dos pedidos. “Teve empresa que ficou quatro dias parada para poder se reestruturar”, conclui.