Buracos, poeira, poças em dias de chuva e muitos transtornos foi o que resultou na obra da Estrada do Mato Grosso, conforme contam os moradores.
Buracos, poeira, poças em dias de chuva e muitos transtornos foi o que resultou na obra da Estrada do Mato Grosso, conforme contam os moradores. Faltando cerca de 1.400 metros para a finalização do asfalto na rua, uma moradora que procurou a Folha de Campo Largo relatou que a preferência foi dada pela construção das calçadas e paisagismo na obra.
“Faz uma semana que pessoal da empresa sumiu e estamos sofrendo com o pó. Já faz um ano que estamos nessa vida, sofrendo com pó, não podemos abrir a casa por conta da poeira, mesmo com todo esse problema da Covid-19 nossa casa não pode ventilar. Temos pessoas idosas que moram nesta rua e uma vizinha que tem câncer de pulmão, um problema muito grave e acaba sofrendo o dobro quando o tempo está seco com toda essa poeira.”
Ela comentou com a Redação que já procurou a Prefeitura sobre essa situação, e a resposta dada foi que existe o prazo até o dia 15 de maio de 2021 para a finalização da obra. “Não é a questão de estar quase tudo pronto, mas é a nossa saúde, nós estamos sofrendo com esse pó todo. Jogaram um pó de pedra, que é igual cimento, e para a saúde isso é terrível”, diz.
No final da tarde desta segunda-feira (15) houve uma chuva leve na região, mas o suficiente para formar uma grande poça na rua. “Imagine quando chove a noite toda, como fica, ou como aconteceu há alguns dias, quando choveu por vários dias seguidos. Vira um barreiro (sic) só. Precisamos que tomem providências o quanto antes”, salientou a moradora.
Resposta da Prefeitura
O prefeito Maurício Rivabem ressaltou que essa é uma das obras mais importantes da Ferraria e que tem um prazo para ser feita e que a Prefeitura não tem mando sob a obra. “Estão falando muitas coisas que não são verdades, como que a empresa quebrou. Essa é uma das maiores empresas, inclusive tem várias obras em Campo Largo, nunca tivemos problemas na cidade, foi sempre muito bem executada. Falaram que faltou dinheiro ou que não havia sido paga, outra inverdade, pois quando inicia a obra o dinheiro já está em caixa desde o começo da obra, conforme as medições ele vai sendo liberado”, disse o prefeito em áudio.
Maurício completou que um dos problemas que estavam sendo enfrentados era a questão da liberação do asfalto, ligados a Petrobras e ao dólar. “Já expliquei para algumas pessoas também sobre a questão da base do asfalto, que existe toda uma intempérie, uma maturação do solo, tem que ser feita uma compactação para garantir um bom resultado”, ressaltou. “Não queremos prejudicar ninguém, pelo contrário queremos favorecer. Essa obra foi uma conquista para os moradores da Ferraria. Nós já estamos tratando situações ligadas à APA, e também com a Comec, para trazer indústrias e postos de gasolina para favorecer a oferta de empregos na região. A empresa está trabalhando, ela tem o seu prazo legal para ser executado, entendo essas situações de barro e pó e transtornos que uma obra pode trazer, mas nesta semana, motivado por lockdown, todas as obras públicas estão paradas por força de decreto”, declarou.