Desde 2020 a Igreja Matriz Nossa Senhora da Piedade passa por reforma e será lançada em 2026, no seu aniversário de 200 anos. Conheça um pouco da sua história
Em cinco anos, o prédio que é símbolo de Campo Largo, a Igreja Nossa Senhora da Piedade, ou popularmente conhecida como a Igreja Matriz, irá completar 200 anos. Para esta memorável data está previsto a inauguração da reforma realizada no prédio e que deu início em 2020. O processo minucioso está sendo conduzido pelo arquiteto especializado em reconstruções sacras, Tobias Ponk Machado. A obra será completa, na qual foram avaliados o estado do piso, paredes, forro, telhado; estrutura da cobertura, sinos e torres; como também parte elétrica.
Entre os problemas a serem resolvidos estavam as infiltrações e as rachaduras, entre outros, mas com uso de técnicas para se preservar todas as características, que são originais.
A Igreja é a quarta mais antiga pertencente à Arquiodiocese de Curitiba. Conheça um pouco da história da construção da igreja que é um dos maiores símbolos arquitetônicos e históricos de Campo Largo.
História da Matriz
De acordo com o texto disponibilizado no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na seção Biblioteca, onde está cadastrada a Igreja Matriz Nossa Senhora da Piedade, a história inicia com a construção da Capela Nossa Senhora da Conceição, pelo Coronel Antônio Luiz, considerada essa a primeira Igreja na região dos Campos Gerais, em 1709. Essa era cuidada pelos Frades Carmelitas, que realizavam missas, casamentos, batizados e outras celebrações litúrgicas, atendendo os habitantes da localidade e de Palmeira.
Com o falecimento do Coronel, a porção de terra, de acordo com o texto, começou a pertencer a diversas pessoas. Em 1821 que se deu início à construção da Primeira Igreja. “Essas obras foram executadas pelo Capitão Jerônimo José Vieira, sob a administração do Capitão João Antônio da Costa e do Padre José Joaquim Ribeiro da Silva. As paredes de pedras ligadas e cobertas com grossa argamassa de cal e areia mediam quase um metro de espessura. A Igreja foi solenemente inaugurada em 02 de fevereiro de 1826, com a transladação da imagem da Padroeira Nossa Senhora da Piedade da casa do Tenente Joaquim Lopes Cascais até a Igreja. A bênção da Igreja aconteceu no dia 24 de janeiro de 1827, mediante a provisão de 12 de Maio de 1826”, relata o texto do site.
Foi em 16 de Outubro de 1828 que o Capitão Joaquim José Vieira solicitou ao Bispo Dom Manoel Joaquim Gonçalves de Andrade que elevasse a capela curada, sendo nomeado oficialmente o Capelão Padre José Joaquim da Silva, com seu limite territorial seria proposto pelo Governo Imperial.
“A capela curada foi elevada pela lei provincial nº 23 de 12 de Março de 1841. A 24 de Maio de 1941, Dom Áttico Eusébio da Rocha eleva-a a Paróquia inamovível. O Padre Ladislau Kula (1920 a 1930) quase conseguiu concluir a matriz, mas foi o Monsenhor Aloísio Domanski que completou em seu ministério sacerdotal a Igreja Matiz, o revestimento externo e a decoração interna, os acabamentos (pintura) concluídos em 1934”, descreve o texto.
A história continua trazendo a informação que a Igreja Matriz da Paróquia de Nossa Senhora da Piedade de Campo Largo é uma obra de fé e de arte, uma delas é a sua pintura interna, que nos mostra as cores da fé, cujo artista foi Anacleto Garbaccio, formado pela Escola de Belas Artes de Turim, que era professor de desenho na Sociedade Garibaldi no Centro Cultural Dante Alighieri e possuía muita experiência na área. Juntamente com seu irmão, Carlos, veio residir em Campo Largo para pintar todo o interior da Igreja Matriz, que demorou 18 meses para finalizar seu trabalho, em 1941. A Sagração do altar foi feita em dia 01 de fevereiro de 1941. Os vitrais artísticos também passaram por uma restauração, entre maio e junho de 1949.
Seguindo as informações do texto, em 1974, houve a correção da pintura das paredes das janelas para baixo, retoque na pintura e pintura completa, a óleo, de todo o presbitério.
Detalhes históricos e santos
O texto faz alusão aos detalhes únicos, históricos e santos da Igreja Matriz. Cada espaço da igreja possui uma história única de fé e devoção de famílias e pessoas que participaram da construção da igreja, para que ela pudesse ser assim, como é hoje.
“Os nichos da Igreja Matriz também são obras de altíssimo valor santo e histórico. Foram desenhados e trabalhados pelo escultor Pedro Faganoli. O Altar-mor é de imbuia entalhada, vistoso dourado. Com lápide inteiriça de granito com sacrário. O desenho feito por Gerd Galssen e a execução da obra por Corrêa Cia Guetter. O púlpito também de imbuia e as imagens de gesso foi doado por João Skrsypiec e por Jacob Augustyn. Bem como as vias sacras são todas em madeira de imbuia e as imagens em gesso.”